Na terça-feira (14), ocorreu a segunda audiência de instrução e julgamento do caso Henry Borel no tribunal do Rio de Janeiro. Nela foram ouvidas testemunhas de defesa do ex-vereador Jairo Souza dos Santos Júnior, conhecido como Jairinho, que o descreveram como um homem “carinhoso”, “amoroso” e “incapaz de matar uma mosca”. As informações são do UOL.

Um dos depoentes foi Thiago K. Ribeiro, que atuou como vereador na mesma época que Jairinho. Suas declarações ao júri foram repletas de elogios à personalidade do réu, o descrevendo como uma “pessoa maravilhosa” e afirmando que nunca soube de qualquer reclamação ou relatos de agressões contra Jairinho.

A defesa também convocou Herondina de Lourdes Fernandes, tia do ex-vereador. Em seu testemunho, ela elogiou tanto o sobrinho quanto a ré Monique Medeiros, ao afirmar que era “uma mãe muito carinhosa”.

Em relação a Jairinho, Herondina disse que ele tem uma ótima convivência com as crianças da família. “Tenho sobrinhos e netos crianças. Todos adoram Jairo, ele sempre foi muito carinhoso e amoroso.”

O depoimento mais longo foi o do deputado estadual Coronel Jairo (Solidariedade), pai de Jairinho, que durou cerca de duas horas. Ao ser questionado, ele afirmou que Monique descrevia o ex-vereador como “um príncipe” e, por mais que não tenha tido muito contato com Henry, a relação do garoto com o ex-padrasto parecia ser saudável.

Ao falar sobre as acusações contra seu filho, o Coronel Jairo disse que ele é incapaz de matar alguém. “Jairinho é um doce, não mata nenhuma mosca. É apaixonada pelo sobrinho, o Teo, pela filha, que é a razão da vida dele.”

Outra testemunha que seguiu essa mesma linha foi a ex-namorada e mãe de seu primeiro filho, Fernanda Abdul Figueiredo, que relatou manter uma amizade com Jairinho e o visita na cadeia.

“Jairo é uma das pessoas mais gentis que já conheci na vida. Não faz o menor sentido isso que falam dele. Ele jamais faria mal a alguém. Meu filho tem ele como exemplo.”

Durante o seu testemunho, Luiz Fernando Abdul Figueiredo Santos, de 24 anos, corroborou as falas da mãe.

“Meu pai sempre foi uma referência para mim, sempre foi um homem muito bom. Meu pai com crianças tinha um dom, as crianças adoravam ele logo de cara. Sempre foi um cara muito bom. Ele sempre agradava, levava para lanchar, todas as campanhas dele eram lotadas de crianças”, disse.

Quando questionado sobre a notícia da morte de Henry Borel, Luiz afirmou que ficou triste pelo ocorrido e surpreso ao saber que o pai era suspeito. “Meu pai é incapaz de fazer mal a qualquer pessoa. Sempre o visito na prisão, para levar um pouco de amor diante de tanto ódio que ele recebe.”

Por último, Rogério Baroni, amigo do ex-vereador, também elogiou a sua conduta. “Nunca vi nada de errado em relação a Jairinho, já viajamos juntos, minhas filhas têm contato com as filhas dele, nunca vi problema nenhum”, concluiu.