Vão começar nesta quarta-feira (6) as audiências de instrução e julgamento do caso Henry Borel, garoto de 4 anos que morreu em casa com sinais de violência no corpo. O objetivo do MP (Ministério Público) é provar que a mãe do garoto, Monique Medeiros, e o namorado dela na época, o vereador Dr. Jairinho, mataram a criança. E de acordo com a promotoria, eles tinham motivações diferentes.

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“A qualificadora do crime de Jairinho é o sadismo, a satisfação, o prazer em machucar Henry e outras crianças. Já o motivo da Monique é se beneficiar da vantagem financeira nessa situação”, disse o promotor Fabio Vieira ao portal UOL.

Inicialmente o casal apresentou uma versão de que as lesões no corpo de Henry foram causadas porque ele caiu da cama. Monique quis prestar um novo depoimento, mas só será ouvida agora, na audiência. A defesa dela indicou que haverá uma mudança na versão da mãe.

“Ela precisa e quer falar o que aconteceu. Essa é a primeira vez que ela vai ter essa oportunidade. No primeiro depoimento, ela estava protegendo Jairinho, agora a história vai ser a verdadeira”, declarou Thiago Minagé, advogado de Monique.

Dr. Jairinho tem sido acusado de agressão contra outras crianças e nega tudo. A defesa dele diz que, no caso de Henry, “foi uma morte não desejada e imprevisível” e promete mostrar que as provas do MP são irregulares.

Além dos depoimentos dos réus e da promotoria, as audiências também terão participações de testemunhas. No final, se o juiz entender que a denúncia foi comprovada, ficará determinado que Monique e Dr. Jairinho serão julgados em júri popular.