A babá do menino Henry Borel, Thayná Oliveira Ferreira, contou no novo depoimento à Polícia Civil, que a mãe do garoto, Monique Medeiros, foi avisada pelo filho sobre as agressões que vinha sofrendo do vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido). As informações são do jornal Extra.
De acordo com a babá, no dia 12 de fevereiro, a criança fez uma videochamada com a mãe e falou sobre as agressões. Henry ainda teria pedido para que a mãe voltasse logo para casa. A ligação teria sido solicitada por Monique, logo após a babá enviar para ela um vídeo do menino mancando.
Ainda conforme o depoimento obtido pelo Extra, depois da ligação Henry para a mãe, Dr. Jairinho teria voltado para casa e brigado com a criança na frente da ex-funcionária. “Henry, o que falou para a sua mãe, você gosta de ver sua mãe triste com o tio? Você mentiu para a sua mãe?”, teria dito o vereador, segundo a babá.
Thayná contou ainda que quando Monique voltou da manicure colocou a babá e a criança no carro e saíram para conversar. Na sequência, a mãe de Henry teria voltado para casa, feito as malas e dito que iria para Bangu, onde sua mãe morava.
No entanto, conforme a babá, ela viu pelas redes sociais que, na verdade, Monique teria ido passar o carnaval com Jairinho em Mangaratiba.
Thayná também admitiu que sabia das agressões e afirmou que Monique pediu para que ela mentisse para a polícia há duas semanas. De acordo com o novo depoimento da babá, ela presenciou pelo menos três vezes em que o menino foi agredido.
Morte de Henry
Henry deu entrada na emergência do Hospital Barra D’Or, no dia 8 de março, levado por Monique e Jairinho. De acordo com as médicas que o atenderam, o menino já chegou morto à unidade.
O laudo da necropsia apontou que Henry foi vítima de uma hemorragia interna e laceração hepática, além de lesões como equimoses, hematomas, edemas e contusões pelo corpo.
Monique e o namorado foram presos na quinta-feira (8) após terem a prisão temporária de 30 dias decretada. De acordo com a polícia, os dois teriam tentado atrapalhar as investigações da morte da criança. Os investigadores da 16ª DP (Barra da Tijuca) afirmam ainda que o garoto foi assassinado.
Conforme as investigações, o vereador teria praticado pelo menos uma sessão de tortura contra Henry semanas antes da morte da criança. Ainda conforme os investigadores, a mãe de Henry sabia das agressões. Jairinho teria se trancado no quarto para bater no menino no último dia 12 de fevereiro.