Em depoimento à polícia nesta quarta-feira (24), a faxineira Rosangela, que esteve no apartamento da família do menino Henry Borel, de 4 anos, morto na madrugada do dia 8 de março, contou uma versão diferente do depoimento prestado pela mãe do garoto, Monique Medeiros. As informações são do G1.

Rosangela disse que teria sido avisada por Monique sobre a morte do menino no dia em que foi trabalhar. Já a mãe de Henry, disse em seu depoimento que não contou à empregada o que tinha acontecido e, na hora do almoço, disse para ela tirar o dia de folga.

Monique é namorada do vereador Dr. Jairinho (Solidariedade), que também apresenta uma versão diferente. Segundo o vereador, ao chegar em casa por volta de 10h, ele encontrou Monique, a empregada e uma assessora conversando, e que a namorada havia contado para Rosangela o que tinha acontecido.

Henry morreu após ter sido encontrado pela mãe caído em um dos quartos do apartamento onde vivia com Monique e o padrasto na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. A polícia investiga se o menino morreu por acidente ou se foi vítima de violência. O laudo do IML apontou lesões graves no corpo do garoto.

Entenda o caso

Henry passou o final de semana do último dia 7 com o pai e voltou para casa da mãe por volta das 19h30. Ela relatou também que a criança vomitou ao chegar no local, mas não estranhou o estado, por tratar como algo normal quando o filho chorava muito.

De acordo com Monique, na madrugada do dia 8, ela e Jairinho estavam em um quarto assistindo televisão, enquanto o filho dormia no quarto do casal.

À polícia, o padrasto do menino contou que estava assistindo a uma série no quarto de hóspedes com a mulher para não incomodar o sono do enteado. Monique afirmou que acordou por volta das 3h30 com o barulho da TV ligada.

Ela relatou ter ido ao quarto do casal, onde viu o filho caído no chão. “Quando abri a porta do quarto, vi ele deitado no chão. Peguei meu filho, botei em cima da cama. Estranhei. As mãos e os pés dele estavam muito geladinhos. Chamei o Jairinho. Ele enrolou meu filho numa manta e fomos ao hospital”, disse a mãe.

Jairinho contou que foi de carro rapidamente ao hospital. “Achei que ele estivesse passando mal e seria mais eficaz levar ao hospital”, afirmou.

“Nesse momento que entro no hospital, já tem quatro profissionais de saúde em cima dele, depois seis, depois oito. Vi que era grave. Monique nervosa. Foram as duas horas mais horríveis da minha vida”, disse Jairinho.

“O que mais me chama atenção é a sequência de fatos, é você entregar seu filho bem, um menino saudável, cheio de vida e horas depois, muitas poucas horas depois, você encontrar seu filho morto, sem explicação”, desabafou o pai de Henry.