Em uma carta de seis páginas escrita na Cadeia Pública Pedro Oliveira, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu (RJ), o médico e ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Jairinho, alegou que tinha uma boa relação com Henry Borel e sugeriu que a sua morte pode ter sido de causas naturais ou envenenamento. As informações são do iG.

Em seu primeiro pronunciamento depois da prisão, Jairinho reafirmou as informações que havia prestado durante depoimento na 16ª Delegacia de Polícia Civil (DP) Barra da Tijuca, no dia 17 de março de 2021. Ele negou que tenha torturado e assassinado o enteado, Henry Borel Medeiros, que tinha 4 anos.

“Não se sabe se foi morte natural. Infarto? Doença no fígado? Não se sabe se ele já veio doente do pai (Leniel Borel de Almeida), bateu em algum lugar, foi envenenado, emboscado. Se ele passou mal no dia, no apartamento. Não se sabe a causa da morte”, escreveu o ex-vereador.

Jairinho também afirmou que, durante a investigação criminal, se criou uma história na qual foi condenado antecipadamente. “Não existe qualquer indício de que eu tenha feito absolutamente nada com o Henry.”

Ao escrever sobre a noite que o menino foi levado desacordado para o hospital, o ex-vereador informou que, ao ser acordado por Monique Medeiros, socorreu o enteado e o levou rapidamente ao Hospital Barra D’OR. Na sequência, ressaltou que, caso houvesse lesões ou indícios de que o garoto sofria agressões, as médicas “teriam chamado a polícia ou o conselho tutelar”.

“Só uma coisa que me ocorreu: eu tomo remédio comprovadamente há 15 anos, durmo igual uma pedra, nem que eu quisesse eu conseguiria levantar para agredir ninguém. Tem que juntar os prontuários com os remédios e dizer para a juíza que comprovadamente eu durmo um sono muito pesado com os remédios que eu tomo há 15 anos”, concluiu Jairinho.