A defesa do médico e ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, disse que o parlamentar sempre foi um “pai carinhoso, presente, amado pelos filhos e por todos os membros de sua família”, e ainda apontou “a frieza e indiferença” de Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel. As informações são do jornal O Globo.

Em resposta à acusação do Ministério Público de torturas e de homicídio triplamente qualificado contra o enteado, o advogado de Jairinho, Braz Sant’Anna, diz que a imagem do ex-vereador foi transformada, pela autoridade policial, “de forma açodada, parcial e tendenciosa, em um monstro, em malfazejo assassino”.

No documento que O Globo teve acesso, a defesa de Jairinho diz que ele era um homem benévolo e que Monique foi insensível diante da morte de Henry.

“A selfie em que ela apareceu sorridente e de pernas para cima, na antessala do gabinete da autoridade policial, onde prestaria depoimento, dias antes do decreto de sua prisão temporária, foi suficiente o bastante para revelar a frieza e a indiferença com a morte de seu filho”, diz o documento.

Jairinho e Monique estão presos desde abril pela morte do menino de 4 anos, ocorrida um mês antes. O ex-vereador é acusado de realizar sessões de tortura com o menino. O laudo de necropsia apontou hematomas no abdômen e nos membros superiores, hemorragia na cabeça, grande quantidade de sangue no abdômen e contusões no rim e nos pulmões.

O ex-vereador foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, tortura e impossibilidade de defesa da vítima, com aumento de pena por se tratar de menor de 14 anos, tortura e coação de testemunha.

Já Monique, que alega que vivia em uma relacionamento abusivo com Jairinho, foi denunciada por homicídio triplamente qualificado na forma omissiva imprópria, com aumento de pena por se tratar de menos de 14 anos, tortura omissiva, falsidade ideológica e coação de testemunha.