A mãe do menino Henry Borel, Monique Medeiros, e o padrasto, o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade), deram entrevista ao “Domingo Espetacular”, da Record TV, sobre a morte do garoto de 4 anos.

Na entrevista, Monique disse que o filho era “gentil, educado, dócil, carinhoso” e “uma criança maravilhosa”. “Ele era minha vida, minha prioridade, era a criança mais doce do mundo”, afirmou.

Após ter a morte constatada no hospital, o corpo de Henry Borel passou por exame no Instituto Médico Legal (IML). O laudo apontou lesões espalhadas pelo corpo do menino, infiltrações hemorrágicas nas partes frontal, lateral e posterior da cabeça, contusões no rim, no pulmão e no fígado.

A causa da morte foi por “hemorragia interna causada pelo rompimento do fígado”. Para peritos ouvidos pelo jornal Extra e pela TV Globo, os edemas, equimoses, contusões e hematomas listados no documento não são compatíveis com um acidente doméstico.

Marido de Monique, o vereador descartou que houve crime na morte do enteado. “Eu tenho certeza absoluta, diante de Deus, que assassinato não foi”, afirmou o parlamentar.

No entanto, o pai de Henry, Leniel Borel de Almeida, suspeita de que o filho tenha sido vítima de violência. “Que tipo de acidente doméstico? Foi algo muito agressivo, algo que não é feito numa queda de cama”, disse. Ela ressaltou ainda que o caso está na mão da polícia.

Criança teria caído da cama

Henry passou o final de semana do último dia 7 com o pai e votou para casa da mãe por volta das 19h30. Ela relatou também que a criança vomitou ao chegar no local, mas não estranhou o estado, por tratar como algo normal quando o filho chorava muito.

De acordo com Monique, na madrugada do dia 8, ela e Jairinho estavam em um quarto assistindo televisão, enquanto o filho dormia no quarto do casal.

À polícia, o padrasto do menino contou que estava assistindo a uma série no quarto de hóspedes com a mulher para não incomodar o sono do enteado. Monique afirmou que acordou por volta das 3h30 com o barulho da TV ligada.

Ela relatou ter ido ao quarto do casal, onde viu o filho caído no chão. “Quando abri a porta do quarto, vi ele deitado no chão. Peguei meu filho, botei em cima da cama. Estranhei. As mãos e os pés dele estavam muito geladinhos. Chamei o Jairinho. Ele enrolou meu filho numa manta e fomos ao hospital”, disse a mãe.

Jairinho contou que foi de carro rapidamente ao hospital. “Achei que ele estivesse passando mal e seria mais eficaz levar ao hospital”, afirmou.

“Nesse momento que entro no hospital, já tem quatro profissionais de saúde em cima dele, depois seis, depois oito. Vi que era grave. Monique nervosa. Foram as duas horas mais horríveis da minha vida”, disse Jairinho.

“O que mais me chama atenção é a sequência de fatos, é você entregar seu filho bem, um menino saudável, cheio de vida e horas depois, muitas poucas horas depois, você encontrar seu filho morto, sem explicação”, desabafou o pai de Henry.