Principais testemunhas do Caso Guilherme, sobre a morte do adolescente Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, não foram ouvidas no tribunal do júri que absolveu o principal suspeito do crime, o sargento da PM Adriano Fernandes Campos, no último dia 13. As informações são do UOL.

De acordo com o promotor de Justiça responsável pelo caso, Neudival Mascarenhas, elas poderiam ajudar a elucidar o caso, pois relataram à polícia terem presenciado o sequestro de Guilherme.

Familiares do jovem presentes no julgamento afirmaram que nenhum dos três menores vistos com Guilherme instantes antes de seu sequestro esteve presente no tribunal.

Ainda de acordo com o UOL, o promotor do MP-SP afirmou que a absolvição de Adriano foi um “erro judiciário”. Guilherme foi baleado à queima-roupa e morto em 14 de junho de 2020, na zona sul da capital paulista, e seu corpo foi encontrado em Diadema, na Grande São Paulo.

A maioria dos sete jurados, sendo três mulheres e quatro homens, considerou o sargento Adriano inocente.

Relembre o caso

Guilherme foi sequestrado na madrugada do último dia 14 na zona sul de São Paulo e encontrado morto no dia seguinte em Diadema, cidade da região metropolitana.

As suspeitas contra o sargento Adriano surgiram quando os investigadores obtiveram imagens de uma câmera de segurança da rua onde o garoto desapareceu.

A gravação mostra dois homens armados no mesmo local onde Guilherme desapareceu, nas imediações da casa da avó. Segundo o MP, Adriano e Gilberto são os homens que aparecem na filmagem.

A morte do adolescente desencadeou uma série de protestos por parte dos moradores do bairro onde Guilherme vivia. A primeira manifestação terminou com tumulto e ônibus incendiados. À noite, dezenas de policiais voltaram ao bairro e foram gravados agredindo moradores. Os protestos se repetiram outras vezes, com amigos e moradores do bairro pedindo por justiça no caso.

No último dia 13, o sargento da PM Adriano Fernandes Campos foi absolvido pela Justiça de São Paulo. Três dias após a absolvição do sargento da PM, viaturas da corporação começaram a rondar a casa onde morava o jovem morto, em Americanópolis, na zona sul de São Paulo.