O acesso do pastor Anderson do Carmo aos bastidores do poder em Brasília incomodava sua esposa, a deputada federal Flordelis. Essa é uma das conclusões do inquérito realizado para investigar o assassinato do pastor, em junho do ano passado. Flordelis é acusada de ordenar a morte do marido.

De acordo com informações do inquérito divulgadas pelo Extra, Anderson teria tomado espaço de Flordelis tanto em suas atividades religiosas tanto quanto no ambiente parlamentar. Para aumentar seu acesso na Câmara dos Deputados, Anderson fazia amizade com as auxiliares de limpeza.

“Ele pegava aquela gente toda, segurança, faxineiros, os que serviam café. A maioria era evangélica, e quem não era se transformava. O que ele fez? Criou um culto para esse povo todo, e ia lá pregar em dia de semana às 19h. Com isso, conseguia o que queria, passe livre para entrar e sair de onde quisesse”, descreve uma das antigas frequentadoras do culto do pastor.

O acesso de Anderson às dependências da Câmara dos Deputados, aos políticos e até ao presidente Jair Bolsonaro passou a ser visto como ameaça por Flordelis. “Ele decidia tudo e botava ordem na casa. Hoje, a família está totalmente dividida. Os filhos brigando demais, porque quem tinha pulso firme era o pastor”, conta Luana Rangel, nora do casal.