O diretor da prisão de alta segurança em Nova York onde o milionário Jeffrey Epstein teria se matado enquanto estava recluso aguardando julgamento por exploração sexual foi redefinido, e dois guardas foram suspensos, disseram autoridades dos EUA nesta terça-feira (13).
O corpo de Epstein, de 66 anos, foi encontrado em sua cela no sábado pela manhã, e as autoridades americanas se comprometeram a realizar uma investigação completa de sua morte, que foi classificada como um aparente suicídio.
“Hoje (terça-feira), o procurador-geral ordenou à Agência de Prisões que nomeie temporariamente o diretor do Centro Correcional Metropolitano de Nova York à Unidade Regional do Nordeste da Agência, à espera do resultado das investigações do FBI e o Escritório do Inspector Geral sobre o aparente suicídio de Jeffrey Epstein”, disse a porta-voz do Departamento de Justiça, Kerri Kupec.
“A Agência de Prisões também colocou em licença administrativa dois funcionários inscritos na unidade do senhor Epstein à espera do resultado das investigações”, acrescentou em um comunicado.
Kupec disse que medidas adicionais poderão ser tomadas “caso as circunstâncias justifiquem”.
Epstein, vinculado a vários políticos e celebridades, aguardava um julgamento por acusações federais de que traficava mulheres menores de idade com fins sexuais.
O milionário tinha sido preso 6 de julho e acusado em Nova York de organizar, pelo menos desde 2002 até 2005, uma rede de dezenas de meninas, algumas estudantes de ensino médio, com as quais mantinha relações sexuais em suas muitas propriedades, entre elas em Manhattan e na Flórida.
O procurador-geral dos Estados Unidos, Bill Barr, prometeu nesta segunda-feira perseguir os cúmplices de Epstein, dizendo que houve “graves irregularidades” na prisão onde o financista morreu de um aparente suicídio.