 "Reprodução / Instagram")
Na última semana, o caso de ‘stalking’ envolvendo a atriz Débora Falabella, há mais de 10 anos, chamou a atenção do público. A perseguição à artista inclui presentes, mensagens invasivas, tentativa de invasão ao camarim e até uma aparição na porta do condomínio dela.
Uma mulher, moradora de Recife, em Pernambuco, é quem está sendo acusada de perseguir a atriz até em São Paulo, onde a artista mora. O primeiro encontro entre ambas teria ocorrido em 2013, quando a stalker era fã de Débora e a encontrou no elevador, local onde pediu uma foto, na ocasião.
Porém, engana-se quem pensa que somente Débora Falabella sofre com o stalking, que se tornou crime previsto em lei, sendo bem definido no artigo 147-A do Código Penal como “perseguir alguém reiteradamente, ameaçando sua integridade física ou psicológica e invadindo sua privacidade”. Juliette, Madonna e Justin Bieber são outros famosos que também já sofreram com perseguições incessantes.
Especialista em crimes virtuais, o advogado Jose Estevam Macedo Lima destaca que comportamentos típicos de stalking incluem o envio constante de mensagens, a presença repetida nos mesmos locais que a vítima e outras formas de invasão da vida privada. Entenda um pouco mais sobre este caso:
Impactos Emocionais e Psicológicos
Segundo o advogado, as consequências do stalking são profundas e variadas. “O ato de perseguir invade a esfera pessoal da vítima, afetando sua liberdade e privacidade, e causando estresse e ansiedade a longo prazo,” explica o advogado. Ele enfatiza que a perseguição constante pode levar a danos emocionais significativos, afetando a qualidade de vida da vítima.
Medidas Legais e Recursos Disponíveis
Para lidar com o stalking, José Estevam recomenda que as vítimas procurem imediatamente as autoridades policiais. “É crucial que os casos sejam reportados para que medidas coercitivas possam ser tomadas, como ordens de restrição e bloqueio de perfis nas redes sociais,” afirma. Ele destaca a importância de ações rápidas para prevenir maiores danos à vítima.
Stalking no Ambiente Online
Com o advento da tecnologia, o stalking também evoluiu para o ambiente digital. Dr. Lima aponta que perfis falsos são frequentemente utilizados para atacar vítimas online. “Embora os agressores possam acreditar que estão protegidos pelo anonimato, as autoridades têm meios de rastrear esses perfis,” explica. Ele alerta para a necessidade de vigilância e ação proativa contra o stalking digital.
Conscientização e Prevenção
O especialista defende a necessidade de campanhas de conscientização para educar o público sobre os limites da liberdade de expressão e os direitos de privacidade. “O governo deve promover movimentos de conscientização e utilizar os meios de comunicação para divulgar medidas de combate ao stalking,” sugere. Ele acredita que a conscientização é uma ferramenta fundamental para prevenir futuras ocorrências.