14/10/2024 - 8:46
Nesta segunda-feira, 14, a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu um dos sócios do PCS Lab Saleme, Walter Vieira. O laboratório é apontado pelo governo fluminense como responsável pelo erro de órgãos infectados por HIV. A informação foi divulgada pelo G1.
Na manhã de hoje, agentes realizam a Operação Verum, que tem como objetivo cumprir 11 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão no Rio de Janeiro e Nova Iguaçu, onde a empresa tem sede.
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O que aconteceu?
- Pelo menos seis pessoas que estavam na fila do transplante da SES-RJ (Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro) receberam órgãos infectados por HIV de dois doadores e depois testaram positivo para o vírus;
- O caso veio a público na sexta-feira, 11;
- De acordo com o governo do estado, ocorreu um erro em dois exames do PCS Lab Saleme, que liberou órgãos de dois doadores que tinham HIV para a fila dos transplantes;
- A empresa foi contratada pela secretaria em dezembro de 2023, por meio de uma licitação no valor de R$ 11 milhões.
PCS Lab Saleme
Em nota divulgada na sexta-feira, 11, o laboratório afirma que abriu sindicância interna para apurar as responsabilidades do caso.
“Trata-se de um episódio sem precedentes na história da empresa, que atua no mercado desde 1969.”
Ex-secretário investigado
Dr. Luizinho, ex-secretário de saúde, está sendo investigado. Ele ficou no cargo entre fevereiro e setembro de 2023. O político é filiado ao Progressistas (PP) e está no segundo mandato como deputado federal.
Walter Vieira, ginecologista, obstetra e responsável técnico do laboratório, é tio do deputado.
Em nota divulgada pela Agência Brasil, a assessoria de Dr. Luizinho diz que lamenta profundamente a situação gravíssima e inaceitável envolvendo o sistema estadual de transplantes do Rio de Janeiro.
“Quando foi secretário de estado de Saúde, Dr. Luizinho manteve a equipe do Programa Estadual de Transplantes da gestão anterior e jamais participou da escolha deste ou de qualquer laboratório. A contratação, ocorrida em dezembro de 2023, quando ele não era mais secretário, partiu de uma concorrência pública realizada pela Fundação Saúde, que tem gestão administrativa independente, na modalidade de pregão eletrônico, sujeita ao crivo dos órgãos de controle.”
