VENEZIA, 8 NOV (ANSA) – As autoridades de saúde da região do Vêneto, no norte da Itália, anunciaram nesta sexta-feira (8) que o caso de malária registrado em um hospital de Verona não é autóctone, mas sim importado devido a uma viagem do paciente ao exterior.   

Inicialmente, acreditava-se que o paciente não tinha histórico de viagens recentes a países onde a doença é endêmica, mas após uma análise epidemiológica aprofundada sobre o diagnóstico foi possível chegar a uma nova conclusão, de acordo com o relatório divulgado pelo Serviço de Higiene e Saúde Pública (Sisp).   

“Surgiram elementos determinantes para excluir a possibilidade de se tratar de um caso autóctone. Após cruzamentos com os serviços de saúde marítimos, aéreos e fronteiriços, uma recente viagem ao exterior em área endêmica de malária, inicialmente não declarada, permite que o caso seja classificado como importado”, relatou a região do Vêneto.   

Segundo o comunicado, a investigação foi conduzida em estreita sinergia com a Direção de Prevenção e o Instituto Superior de Saúde. Além disso, o sistema de vigilância regional permitiu ativar imediatamente todas as ações de verificação e preparar as intervenções necessárias se eventualmente o caso for autóctone”.   

No âmbito da rotina de vigilância de doenças transmitidas por vetores, especialistas locais buscam a presença do mosquito Anopheles por meio de armadilhas localizadas no território regional, com possibilidade imediata de verificação nas áreas envolvidas.   

A iniciativa, em analogia com a vigilância das arboviroses, permite identificar numerosos casos de doenças infecciosas importadas e transmitidas por vetores, reduzindo substancialmente os riscos de transmissão autóctone.   

Em território italiano, a malária foi erradicada na década de 1970. Já no Vêneto, todos os casos registrados anualmente dizem respeito a indivíduos que a contraíram em nações que são altamente impactadas pela doença.   

A doença infecciosa é transmitida ao homem através da picada de mosquitos infectados pelo protozoário Plasmodium e se manifesta com febre, calafrios intensos, sudorese, dor de cabeça, náuseas, vômitos e dores musculares. (ANSA).