O senador Plínio Valério (PSDB/AM) foi o convidado da live da IistoÉ nesta sexta-feira (16). O parlamentar reagiu duramente a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso de afastar o colega de Senado Chico Rodrigues (DEM-RR), que era vice-líder do governo Bolsonaro na Casa.

“A decisão do Barroso é esdrúxula, vaidosa, fora de sintonia, absurda. É usurpação de poder”, disse.

O paralementar foi alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga desvio de recursos para o combate à pandemia da Covid-19; na residência do senador Chico Rodrigues foi encontrado a quantia de R$100 mil em espécie, R$ 30 mil deles estavam escondidos na cueca do parlamentar.

O ministro do STF afastou o senador por 90 dias. Agora, cabe ao Senado decidir se irá manter, ou não, o afastamento. Plínio Valério tratou a situação como mais um erro, de vários cometidos pelos ministros do Supremo. Ele é autor do projeto que limita em dez anos o mandato dos togados da Suprema Corte.

“O Barroso pretende nos jogar contra a sociedade”, afirmou.

Segundo ele, a decisão foi uma espécie de “cavalo de pau” que vem sendo dado com uma jurisprudência flutuante.

“Como no caso do fim da prisão em segunda instância, agora ministro se acha no direito de caçar senador”, afirmou. “Os ministros do STF se acham semideuses. Isso acontece porque eles são inalcançáveis. Temos que acabar com as decisões monocráticas no Supremo”, completou.

Valério lembrou que o Senado tem seu Conselho de Ética, órgão para julgar e, se for o caso, afastar mandato de senadores.

“Não estou entrando no mérito e defendendo o senador Chico Rodrigues, mas ministro do Supremo não tem competência coisíssima nenhuma para afastar um senador da República. Um absurdo!“, finalizou.

Valério também detalhou seu projeto de taxar as grandes fortunas, que está em análise no Senado, “chegou a hora do rico contribuir para o país.”

Quando a pauta é a sucessão da presidência do Senado, ele não poupou críticas à campanha de reeleição de Davi Alcolumbre.

“Sou contra o instituto da reeleição”. Plínio é membro do grupo “Muda Senado”, uma aliança parlamentar que busca uma nova forma de se fazer política na Casa, o senador não vê força política na articulação para eleger um novo presidente do Senado, mas acredita que possivelmente o grupo lançará um nome para negociar coisas da velha política.