A direção do Santos avalia o que fazer se a Conmebol insistir em punir o clube brasileiro por ter colocado o meia uruguaio Carlos Sánchez em campo contra o Independiente da Argentina, nesta terça-feira. pela Libertadores da América. A Confederação Sul-Americana abriu procedimento para apurar se o atleta ainda tinha uma partida de suspensão a cumprir. Carlos Sánchez fez sua estreia na Libertadores  e o Santos alega que uma seção do site da entidade, conhecido como Comets, não indicava que o atleta estava proibido de jogar. Se for castigado, o Santos pode procurar recurso até no Tribunal Arbitral dos Esportes, na Suíça.

Segundo Fábio Gaia, alto executivo da área de distribuição e integrante do Conselho Gestor do Santos, os advogados do clube estão em cima: “Nosso jurídico está bastante confiante com os procedimentos que foram adotados. No sistema da Conmebol não constavam punições a serem cumpridas”. Ele se refere à ferramenta lançada pela Confederação para os clubes acompanharem a situação de jogadores que foram punidos disciplinarmente. No nome de Carlos Sánchez aparece como “cerrado” (terminado). O Santos confiou neste informação e colocou o jogador em campo.

Daí o argumento de Gaia: “Uma entidade não pode induzir um associado a cometer um erro. E já está na hora desse tipo de coisas ser avaliadas antes do juiz apitar o início da partida. Para mim isso deveria ser obrigação do delegado e quem deveria ser punido seria ele em casos de erros, e não o clube”. A partida terminou empatada sem gols. O jogo de volta será na próxima semana no Pacaembu. Se os santistas forem punidos, serão considerados perdedores do primeiro confronto pelo placar de 3 a 0. A Conmebol, atendendo pedido do clube argentino, iniciou o processo que será resolvido rapidamente. O time brasileiro está indiciado em três artigos.

Em 2015, Sáncheze foi expulso no jogo do River Plate (onde atuava) diante do Huracán, pela Copa Sul-Americana. Pegou suspensão de três  jogos. Foi anistiado, mas teria que cumprir uma partida de suspensão. O atleta foi jogar no futebol mexicano.  A Conmebol, segundo apurou o site da ESPN, afirma que Carlos Sánchez e o River Plate foram informados informado desta punição restante. Mas no site da entidade, ela não consta.

Daí a segurança que o departamento jurídico santista garante ter. “Não há risco. A torcida pode ficar tranquila. O Sistema COMET, da Conmebol, informa a baixa no cumprimento de sanções disciplinares ao Carlos Sánchez desde 24 de maio de 2018. É o único sistema oficial e eletrônico da Conmebol”, disse Rodrigo Gama Monteiro, gerente jurídico do Santos, à Gazeta Esportiva.