Durante uma entrevista à Rede Globo, no sábado (15), a advogada Niedja Mônica da Silva afirmou que Marcelo da Silva, de 40 anos, chora ao falar sobre o crime que cometeu e “quer ver a mãe (da menina) para pedir perdão”. O homem confessou que havia desferido 42 facadas na criança Beatriz Angélica Mota, 7, em uma escola particular de Petrolina (PE), em 2015.

“Ele disse que foi uma monstruosidade muito grande e quer pagar pelo que fez. Depois que viu o drama da mãe, ele disse que quis contar para aliviar o coração dela, para ficar em paz. Ele usa essa expressão: ‘eu quis aliviar o coração dela para ela ficar em paz. Que realmente o culpado sou eu’”, relatou a advogada.

Ao ser questionada a respeito do motivo que a levou a assumir o caso, Niedja contou que foi procurada pelos familiares de Marcelo e, após ouvir os relatos dele, se interessou pela causa.

“Como ele é réu confesso, eu estou aqui para fazer com que a lei seja cumprida. O meu compromisso é com o processo. A gente está aqui para defender os direitos. Como ele repetiu as mesmas coisas duas vezes, creio realmente que foi ele quem fez.”

O caso

No dia 10 de dezembro de 2015, Beatriz estava no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora para assistir a formatura da irmã. Em um determinado momento, a criança saiu do lado dos pais para beber água e desapareceu.

O corpo da menina foi encontrado em um depósito de material esportivo desativado, próximo da quadra onde ocorria o evento. Beatriz tinha ferimentos no tórax, membros superiores e inferiores. A faca utilizada no crime estava cravada na região do abdômen da criança.

Depois de seis anos do crime, o autor foi identificado pela Polícia Científica de Pernambuco por meio do DNA encontrado na faca usada no crime. Marcelo da Silva, que estava preso por outros crimes, confessou que havia assassinado Beatriz.

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