Durante uma coletiva de imprensa para anunciar seu mais novo documentário  “EU”, Anitta revelou ter contraído o vírus Epstein–Barr, popularmente conhecido como o vírus da “doença do beijo”.

Epstein–Barr é um vírus da família do herpes, cuja infecção ocorre por meio da transferência oral pela saliva – normalmente, no beijo.

Ele invade as células do nariz e da garganta, causando uma doença que afeta os glóbulos brancos (células da defesa do organismo) e recebe o nome científico de mononucleose infecciosa.

A maior predominância se dá em crianças e, quando ocorre durante a adolescência ou na juventude, entre 15 e 30 anos, provoca a doença – mononucleose – em até 50% das vezes.

A doença pode incubar em até 45 dias após o contágio e desencadear severos sintomatologias, como:

• Inflamação e dor na garganta
• Febre
• Fadiga
• Dificuldade para engolir
• Cefaléias
• Calafrios
• Náuseas e vômitos
• Tosses
• Ausência de fome
• Dores musculares
• Aumento do fígado e baço

“Uma vez infectado com o Epstein Barr, o paciente porta o virús latente por toda a vida, e pode, dependendo de certos fatores, transmitir a doença para outras pessoas, ainda que seja assintomático”, afirma Mauro Macedo, membro da Academia Brasileira de Odontologia.

O profissional afirma ainda que o Epstein Barr pode ser fator de risco para outras doenças autoimunes como Lúpus eritematoso, artrite reumatoide, diabetes e até mesmo determinadas formas de câncer, como o Linfoma de Hodgkin, Linfoma de Burdikitt, carcinoma da nasofaringe e esclerose múltipla dos órgãos, como no caso relatado pela cantora.

“Tal vírus também tem sido relatado em desordens relacionadas com a doença de Parkinson. Quanto ao diagnóstico, a doença pode ser detectada em exames clínico e de sangue, como o hemograma completo, ou exame de sorologia para detectar a presença de anticorpos do vírus”, continua o especialista.

“O Epstein Barr é um vírus relativamente complexo. O tratamento pode durar meses e consiste em se manter bem hidratado e alimentado, além de tratar as doenças que ele provoca”, conclui Mauro Macedo.