A Polícia Civil do Paraná realizou uma coletiva de imprensa na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Curitiba, nesta segunda-feira (05), para falar sobre as investigações da morte de Ana Paula Campestrini.

O inquérito policial foi encerrado no último sábado (03) e os dois suspeitos de envolvimento na morte da vítima, o ex-marido de Ana, Wagner Cardeal Oganauskas, e Marcos Antônio Ramon, continuam presos.

Tathiana Guzella, delegada responsável pelo caso, informou que Marcos, suspeito de ser o atirador que executou Ana Paula na frente do portão da casa onde ela morava, foi indiciado por homicídio triplamente qualificado, mediante a paga, meio cruel, emboscada e impossibilidade de defesa da vítima.

Wagner, por sua vez, é suspeito de ser o mandante do crime e foi indicado por homicídio quintuplamente qualificado, com as qualificadoras de feminicídio, paga e torpe, meio cruel, emboscada e impossibilidade de defesa da vítima e assegurar vantagem de outro crime (relacionado aos cinco processos na Vara da Família).

O Ministério Público do Paraná tem cinco dias para decidir se irá oferecer a denúncia para a Justiça. Tathiana ainda afirmou que a Polícia Civil representou pela conversão da prisão temporária dos suspeitos, que era de 30 dias, por prisão preventiva.

“Em especial por dois elementos que ficaram muito claros durante a investigação: primeiramente para garantia da ordem pública e segundo pela conveniência da própria instrução criminal”, disse a delegada.

“Ficou demonstrado que tanto o atirador quanto o mandante são pessoas de alta perigosidade, primeiro porque têm conhecimento das leis, um deles inclusive é advogado, então houve um planejamento minucioso, por mais de dois meses, para o cometimento do crime. E durante esse interim, ficou demonstrado intimidação para a juíza da causa civil, clara e inclusive salva em ato notorial – a qual também prestou depoimento aqui na Divisão – nós temos a informação de uma tentativa, antes ainda da morte, do mandante do crime de autuar, erroneamente, de plantar drogas no veículo que a vítima utilizava como Uber, demonstrando sua alta perigosidade, demonstrando que não tem zelo pelas leis e também pelas próprias autoridades judiciárias”, finalizou Thatiana.