Um dos principais líderes do atual grupo da seleção brasileira e consolidado como uma peça importante do Real Madrid há alguns anos, o volante Casemiro admitiu nesta sexta-feira que o time nacional ficou devendo um melhor futebol nos três amistosos que disputou após conquistar o título da Copa América deste ano. Após faturar o torneio continental, a equipe comandada por Tite empatou por 2 a 2 com a Colômbia e perdeu por 1 a 0 para o Peru, em dois duelos nos Estados Unidos, e na última quinta-feira ficou no 1 a 1 com o Senegal, em Cingapura.

“Sabemos que nosso jogo não é esse, principalmente pelo que estávamos jogando, principalmente na Copa América, sempre querendo jogar um bom futebol. Sabemos que não jogamos esses amistosos na altura em que podíamos”, afirmou Casemiro, em entrevista coletiva no dia em que o Brasil abriu a sua preparação para encarar a Nigéria, domingo, às 9 horas (de Brasília), em novo amistoso em Cingapura.

Depois da campanha vitoriosa na competição sul-americana, o jogador só viu algo de mais produtivo da seleção em parte do confronto com os colombianos, no dia 6 de setembro, em Miami, onde o Neymar voltou a disputar uma partida após três meses e acabou sendo decisivo com um gol e uma assistência. “Talvez contra a Colômbia, sim, no segundo tempo, jogamos como vínhamos jogando. Somos uma grande equipe, mas temos potencial para jogar melhor”, completou.

E o meio-campista indiretamente minimizou o peso do jejum de três jogos sem vitórias do Brasil ao defender os testes que foram promovidos por Tite nestes últimos amistosos. Embora já exista uma base formada por Tite, o atleta exaltou a importância de o treinador observar novos jogadores e abrir o seu leque de opções neste ciclo em que o Brasil começará a disputar, no próximo ano, as Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2022 e também a Copa América, que será entre 12 de junho e 12 de julho, na Colômbia e na Argentina.

“É importante ter plantel maior, conhecer jogadores. Aconteceu depois do Mundial (de 2018) isso. É bom para todos nós”, disse Casemiro, que comentou sobre as experiências feitas por Tite na seleção ao apontar o lado positivo de poder encarar rivais da África. Sob o comando do treinador, a equipe nacional só mediu forças por duas vezes contra adversários deste continente – antes do empate com o Senegal na quinta-feira, superou Camarões por 1 a 0 em amistoso em novembro do ano passado.

“Sem dúvida é interessante abrir o leque contra seleções como Senegal e Nigéria. Em Mundiais, não vamos jogar só contra seleções sul-americanas, mas africanas, europeias, da Ásia, é bom abrir o leque. Claro que a seleção tem de crescer e jogar o melhor, não fizemos uma boa partida à altura do que esperávamos. Sabemos disso, reconhecemos. São jogos de preparação, temos oportunidade, estão vindo jogadores novos, como (Renan) Lodi, Matheus (Henrique). Abrir o plantel é o mais importante também”, analisou.

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AUTOCRÍTICA – E Casemiro assegurou que o grupo convocado por Tite para estes amistosos em Cingapura fez uma autocrítica e reconheceu que não fez uma boa atuação contra Senegal, fato que serviu como uma motivação extra para superar os nigerianos no domingo e voltar a apresentar um bom futebol. “Sem dúvida, não foi um jogo esperado, na altura do que podemos jogar. Todo mundo viu e somos sinceros nisso. Mas o bonito do futebol é que domingo temos a oportunidade de mostrar que somos bons jogadores e uma grande seleção. Temos que rever os erros, já fizemos uma análise. E Senegal já é passado”, assegurou.

Já ao ser questionado sobre quais aspectos a seleção precisa evoluir em relação ao que mostrou nos últimos amistosos, o volante reconheceu: “Difícil falar só de uma coisa, sabemos que temos de melhorar muitas coisas. Principalmente pela equipe que fomos na Copa América. Temos de melhorar, sim, mas precisamos melhorar não só a intensidade, mas parte tática, técnica…”.


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