Uma mulher, de 53 anos, conversou com o iG Delas e relatou uma experiência pessoal. Quando tinha 22 anos, ela trabalhava como garota de programa em uma boate para sustentar seu filho de 2 anos. Na época, ela morava com as irmãs e passava as noites bebendo e conversando com os homens que frequentavam o bar.

Em determinada noite de trabalho, um homem questionou se a mulher tinha vontade de mudar de vida e se ofereceu para alugar uma casa para ela e o filho morarem. Após um mês, o mesmo homem apareceu com uma mala cheia de roupas. De uma hora para outra, ela passou a dividir o teto com o desconhecido. Nesse momento, começou um casamento por conveniência que durou duas décadas.

“Nós éramos totalmente estranhos desde o começo. Eu fiquei sem entender nada, pensando ‘meu Deus, ele veio morar comigo’. Foi nesse momento que a gente transou pela primeira vez. E aí ele morou comigo por 20 anos”, disse ela.

“Eu era muito cabeça fraca, novinha. Fui criada sem mãe, porque ela me abandonou. Meu pai tentou abusar de mim e saí de casa. Fui estuprada pelo pai do meu primeiro filho, apanhei muito dele. Então vi que aquilo era uma alternativa, fui empurrando. Passei a diminuir a bebida, porque esse meu marido bebia demais e eu pensava muito no meu filho”, acrescentou.

A mulher também contou que teve dois filhos com o homem e que, apesar de tudo, ele foi um bom pai para seu primeiro menino. “Apesar disso, ele foi um pai maravilhoso para o meu filho, tanto que até hoje ele é chamado de pai, mesmo sabendo que não é o pai dele de verdade. Meu filho é mais próximo dele do que de mim. Quatro anos depois eu tive uma filha. Oito anos depois dela, tive outro menino. Ele dizia para os meus filhos: ‘a sua mãe não gosta de mim, veio viver comigo para dar um lar para o teu irmão’”, relatou.

Ela revela que foi vítima de agressão após 17 anos de união com o homem. “Aí quando deu 17 anos de casamento ele me agrediu. Me deu um soco. ‘De hoje em diante, terminou tudo que poderia ter entre a gente’, disse para ele. Eu fui vivendo aquela vida por viver. As pessoas sabiam de tudo, mas quando perguntavam se a gente tava bem eu sempre dizia que sim”, contou.

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Após anos vivendo um casamento de fachada, a mulher fala que sempre quis vivenciar o amor e suas façanhas. Hoje, após anos de sofrimento, ela está em um novo relacionamento e acredita que vale a pena tentar ser feliz.

“Meu casamento foi incompleto porque a gente não se entendia em todos os sentidos, mas naquele caso já tinha começado daquele jeito, ficamos por conveniência. Agora é diferente. Entrei no relacionamento porque uma pessoa demonstrou sentimento por mim. Mas isso ia ter que acontecer em algum momento, né? Acho que vale a pena no fim das contas. Vale a pena tentar ser feliz”, finalizou.


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