O casal Alaor da Cunha Filho e Mayara Soares Pimassoni foi preso no último dia 26 pela Polícia Civil de Goiás, suspeito de cobrar até R$ 150 mil por falsas vagas em cursos de medicina. De acordo com as autoridades, na última semana, mais 11 vítimas procuraram a polícia. As informações são do G1.

Até o momento, 12 pessoas denunciaram o golpe e a polícia acredita que mais vítimas ainda podem aparecer. Conforme as investigações, a fraude consistia no oferecimento de facilidades para transferência de matrícula de faculdade de medicina cursada no exterior para instituições no Brasil, públicas ou privadas.

O casal informava que se tratavam de vagas remanescentes e exibiam contratos falsos de prestação de serviços educacionais de graduação em medicina celebrados entre autarquias federais de ensino superior e estudantes.

No entanto, esta facilidade custava entre R$ 30 mil a 150 mil, a depender da classe social da vítima. Com os pagamentos feitos, na conta indicada, os dois cessavam os contatos e ameaçavam as vítimas caso houvesse denúncias às autoridades.

Casal vivia vida de luxo

O casal foi preso no final do mês passado em um condomínio de luxo em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Segundo a polícia, os dois levavam uma vida de luxo bancada pelos golpes. No imóvel deles, os agentes apreenderam dois carros avaliados em R$ 700 mil, relógios de luxo, dinheiro em espécie, computadores e telefones.

Além da prisão, a Justiça também decretou o bloqueio de R$ 1 milhão em bens do casal. Procurados pelo G1, os advogados de defesa de Mayara Soares Pimassoni disseram que ela nega que tinha conhecimento de tais fatos, e “que maiores esclarecimentos já foram prestados em seu depoimento em sede policial”. Explicaram ainda que o processo tramita em segredo de Justiça e não teve acesso ao mesmo, motivo pelo qual não pode dar mais detalhes.

Em nota ao G1, o advogado Reynaldo Peixoto, que representa Alaor Filho, disse que não teve acesso à íntegra do processo, mas que tem cooperado com a investigação.