Na última sexta-feira (05), a Justiça condenou o casal denunciado por matar a filha, de três anos, após ela fazer xixi na cama. O crime aconteceu em junho de 2018 em Poços de Caldas, em Minas Gerais.

Segundo a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o casal estava morando junto há poucos meses, e a criança, Ana Lívia Lopes da Silva, era fruto de uma relação anterior da mulher.

Conforme apurou o MPMG, desde que a vítima foi morar com o casal, ela passou a sofrer violência física e psicológica frequentemente, e ainda deixou de frequentar a creche por conta das lesões. As agressões seriam cometidas principalmente pelo padrasto, mas com a permissão da mãe.

Em junho de 2018, a menina teria sido agredida e colocada de castigo após urinar na cama. Momentos depois, a garota saiu do castigo e foi novamente agredida. A sessão de violência teria continuado durante a noite e, no dia seguinte, a criança começou a reclamar de dores, ter convulsões, além de vomitar e urinar sangue.

Mesmo com as demonstrações de que algo estava errado, o casal não levou a filha para um pronto-socorro. Com a piora no estado de Ana, a mãe decidiu chamar a sogra, que a levou até a Santa Casa de Poços de Caldas, onde morreu.

A dupla foi condenada por tortura e homicídio qualificado por motivo fútil, tortura e meio cruel e feminicídio. O padrasto da menina foi condenado a 32 anos, um mês e 20 dias de prisão. Já a mãe de Ana Lívia foi condenada a 29 anos, dois meses e 23 dias de reclusão. Os dois vão cumprir pena em regime fechado e sem a possibilidade de recorrer em liberdade.