Casal é preso após tentar vender ao Brasil informações confidenciais sobre submarino dos EUA

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PLANEJAMENTO O submarino pode submergir até 1 Km de profundidade: tecnologia será testada em outros veículos militares Foto: Divulgação

Um casal de espiões estadunidenses foi preso há um mês depois de tentar vender informações secretas ao Brasil sobre submarinos nucleares dos Estados Unidos. O caso foi divulgado pelo New York Times na última terça-feira (15).

O engenheiro naval Jonathan Toebbe teve acesso, durante anos, a documentos secretos sobre a tecnologia dos submarinos nucleares da Marinha norte-americana. Aos poucos, juntou informações confidenciais. Assim, ele e a esposa, Diana, resolveram vender o conhecimento obtido, o que configura espionagem industrial.

Por isso, pensaram em países que fossem ricos o suficiente para pagar pelos documentos mas que tivessem alinhamento não-hostil em relação aos EUA. Resolveram, então, que o alvo seria o governo brasileiro.

Contudo, a operação deu errado desde o início. Isso porque assim que a ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) recebeu o comunicado, entrou em contato com o FBI (serviço de investigação dos Estados Unidos). Foi preciso uma operação conjunta para prender os criminosos. Agentes se passaram por autoridades brasileiras para fingir uma negociação.

Assim, o casal foi induzido a deixar partes de documentos em um local combinado, quando foram presos na Virgínia Ocidental. Jonathan pode pegar até 17 anos de prisão, enquanto sua mulher pode ser presa por até 3 anos pela cumplicidade.

Se o Brasil tivesse sido pego tentando comprar segredos dos EUA, as relações entre os dois países teriam sido ameaçadas. Ironicamente, segundo a Folha, o estreitamento das relações entre o governo Bolsonaro e Vladimir Putin teria ocorrido para o compartilhamento de tecnologias do uso de energia nuclear em submarinos. 

Com informações do New York Times, Folha e UOL