A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu na sexta-feira (6) o pai e a mãe de um menino de 11 anos encontrado com sinais de tortura e maus-tratos em Itu (SP), no último dia 2. Os pais da criança estavam desaparecidos e foram localizados em Uberlândia (MG), na casa de amigos. As informações são do G1 e do Uol.

A Justiça havia decretado a prisão preventiva deles na quinta-feira (5). De acordo com a Polícia Civil, outra criança, de três anos, estava com o casal no momento da prisão. Ela foi buscada por parentes, com quem deve permanecer.

Até o momento, não há informações de quando os dois irão ser transferidos para Itu, onde o caso é investigado.

Relembre o caso

No último dia 2, um menino de 11 anos foi resgatado pelo Conselho Tutelar após os vizinhos encontrarem a criança com sinais de tortura e maus-tratos, em Itu (SP). Conforme o órgão, a suspeita é de que ele sofria violência física e psicológica dos pais.

De acordo com os vizinhos, o garoto contou que apanhava há cinco anos e era enforcado por fio. O menino disse ainda que já foi atingido por um facão e por água de bateria de carro, o que causou uma falha no cabelo. Segundo a criança, o pai a obrigava a mentir sobre os ferimentos.

O garoto foi resgatado após fugir de casa. Na terça-feira (3), ele passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba (SP). Ele está sob cuidados do Conselho Tutelar. A polícia pediu a prisão dos pais do garoto, que ainda não foram localizados.

Mãe foi presa em 2013

Conforme as investigações, a mãe do menino já havia sido presa em 2013 por suspeita de matar o filho mais novo. A criança tinha um ano e havia dado entrada no hospital em óbito. Aos médicos, a mãe afirmou que o bebê tinha se afogado com leite.

No entanto, segundo o boletim de ocorrência registrado em 14 de julho de 2013, não foi encontrado nenhum tipo de alimento no organismo da criança. A mulher foi presa no mesmo dia. Na época, o pai chegou a dizer que tinha conhecimento de que a mãe maltratava as crianças, porém, nunca denunciou com medo de perder os filhos.

Após o resultado dos exames necroscópicos do bebê, a polícia pediu a prisão preventiva da mãe. O laudo apontava que a criança morreu de hipóxia aguda – insuficiência respiratória.

Entretanto, depois de um mês presa, a mulher acabou sendo liberada, já que não foi possível comprovar como e se os crimes foram cometidos por ela. O caso foi arquivado pela 2ª Vara Criminal de Itu.