Casa Branca impede repórteres de cobrirem primeira reunião ministerial de Trump

Bryan Snider/Reuters
Donald Trump, presidente dos EUA, em seu gabinete Foto: Bryan Snider/Reuters

A Casa Branca negou acesso a repórteres da agência Reuters e de outros veículos de comunicação à primeira reunião ministerial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quarta-feira, 26, em linha com a nova política do governo norte-americano sobre a cobertura de imprensa.

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Um fotógrafo da Associated Press e três repórteres de Reuters, HuffPost e Der Tagesspiegel, um jornal alemão, tiveram seus acessos negados ao local.  Equipes de televisão da ABC e da Newsmax e jornalistas de Axios, Blaze, Bloomberg News e NRP puderam cobrir o evento.

O governo anunciou na terça-feira, 25, que a Casa Branca determinará quais veículos podem acompanhar o presidente em espaços menores, como o Salão Oval.

A Associação dos Correspondentes da Casa Branca tradicionalmente coordenava a rotação do grupo de jornalistas cobrindo a Presidência. A Reuters, uma agência de notícias internacional, participa desse grupo há décadas.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karolina Leavitt, disse que organizações tradicionais de imprensa ainda poderão cobrir Trump no dia a dia, mas o governo planeja mudar quem estará em espaços menores.

O sistema de “pool” administrado pela Associação de Correspondentes permitia que jornalistas selecionados de televisão, rádio, agências, mídia impressa e fotojornalistas cobrissem os eventos e compartilhassem as reportagens com a imprensa em geral.

AP, Bloomberg e Reuters, três agências de notícias que tradicionalmente eram membros permanentes do grupo de jornalistas da Casa Branca, publicaram um comunicado conjunto em resposta à nova política da Casa Branca.

“As agências trabalham há muito tempo para garantir que informações precisas, justas e oportunas sobre a Presidência sejam comunicadas a um público amplo de todas as convicções políticas, tanto nos Estados Unidos quanto globalmente. Grande parte da cobertura da Casa Branca que as pessoas veem em sites de notícias, onde quer que estejam no mundo, vem das agências de notícias”, disse o comunicado.

É essencial em uma democracia que o público tenha acesso a notícias sobre seu governo de uma imprensa livre e independente”, acrescentaram.