Os Estados Unidos condenaram “o uso da força contra funcionários da embaixada” do México em Quito, após a incursão policial para deter o ex-vice-presidente do Equador, Jorge Glas, afirmou nesta terça-feira (9) o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan.

A declaração chega pouco depois que o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, criticou a posição dos Estados Unidos diante desta crise e a falta de uma reação direta do presidente americano, Joe Biden.

“Condenamos essa violação da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, incluindo o uso da força contra funcionários da embaixada”, disse Sullivan em coletiva de imprensa.

É uma mensagem muito mais contundente do que a última, classificada por López Obrador como uma “nota” do Departamento de Estado “não condenando a interferência, o ataque, a invasão da nossa embaixada”.

“Revisamos as imagens das câmaras de segurança da embaixada do México e acreditamos que essas ações foram um erro”, acrescentou Sullivan.

Segundo ele, “o governo equatoriano ignorou suas obrigações sob o direito internacional como Estado anfitrião de respeitar a inviolabilidade das missões diplomáticas e colocou em perigo os fundamentos das normas e relações diplomáticas básicas”.

“Pedimos ao Equador que trabalhe com o México para encontrar uma solução para essa disputa diplomática”, insistiu Sullivan, que recebeu com satisfação as reuniões previstas na Organização dos Estados Americanos (OEA) “para ajudar a alcançar uma solução diplomática e pacífica”.

O Conselho Permanente da OEA se reúne duas vezes esta semana para discutir a crise diplomática: nesta terça à tarde a pedido do Equador e na manhã desta quarta por iniciativa da Colômbia e da Bolívia.

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