A Casa Branca anunciou nesta quarta-feira (29) que o ex-assessor de Segurança Nacional John Bolton não pode publicar um livro como foi apresentado, porque o mesmo contém informações restritas.

O Conselho Nacional de Segurança disse em uma carta dirigida ao advogado de Bolton que após uma revisão preliminar do texto – processo adotado com qualquer funcionário da Casa Branca que escreva um livro – foi constatado que ele contém “uma quantidade significativa de informação sigilosa”.

Segundo a imprensa, o texto tem informações que afetam o julgamento político que o presidente Donald Trump enfrenta no Senado.

O Conselho Nacional de Segurança (NSC) disse, em carta dirigida a Charles Cooper, advogado de Bolton, que após uma revisão preliminar do texto – processo que se aplica a qualquer funcionário da Casa Branca que escreva um livro – constatou-se que o mesmo contém “uma quantidade significativa de informação sigilosa”.

“Parte desta informação está no nível da máxima confidencialidade”, disse o NSC na missiva e acrescentou que “o manuscrito não pode ser publicado, nem divulgado sem a eliminação desta informação secreta”.

Os democratas pressionam para que o Senado convoque Bolton como testemunha no julgamento contra Trump após a divulgação do esboço do seu livro, “The Room Where it Happened” (O recinto onde ocorreu, em tradução literal) corrobora a acusação de abuso de poder que pesa contra o presidente.

Segundo os informes, Bolton indica que o presidente queria congelar a ajuda militar à Ucrânia até que Kiev abrisse uma investigação sobre Joe Biden, seu possível adversário democrata nas eleições presidenciais de novembro de 2020, e o filho deste, Hunter.

Horas antes de a carta do NSC ser divulgada, Trump investiu contra Bolton no Twitter, onde qualificou o texto de “livro desagradável e falso. Tudo sigiloso da Segurança Nacional”.