A Casa Branca anunciou no sábado à noite que continua “trabalhando duro” para obter um acordo entre Israel e o grupo islamista palestino Hamas para libertar os reféns e estabelecer uma pausa nos combates.

“Ainda não chegamos a um acordo, mas continuamos trabalhando duro para chegar a um acordo”, afirmou a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adrienne Watson, na rede social X, em resposta à informação divulgada pelo jornal Washington Post de que um acordo já teria sido alcançado.

Segundo o jornal, o suposto acordo de seis páginas incluiria a libertação dos reféns em alguns dias e a primeira pausa no conflito em Gaza.

O Post, que cita fontes não identificadas, afirma que as partes interromperiam as operações de combate durante pelo menos cinco dias, enquanto alguns sequestrados seriam liberados de modo gradual, com vigilância aérea que controlaria os movimentos.

Israel prometeu aniquilar o Hamas em resposta aos ataques de 7 de outubro, que, segundo as autoridades israelenses, deixaram quase 1.200 mortos, a maioria civis. Além disso, 240 pessoas foram tomadas como reféns.

A implacável represália aérea e terrestre israelense matou 12.300 pessoas, incluindo mais de 5.000 crianças, segundo o Hamas, que governa Gaza desde 2007.

Brett McGurk, principal conselheiro para o Oriente Médio do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou no sábado que uma “pausa significativa” poderia acontecer na guerra se os reféns em poder do grupo islamista fossem libertados.

“O aumento da ajuda humanitária, o aumento do envio de combustível e a pausa acontecerão quando os reféns forem libertados”, explicou McGurk em uma conferência de Segurança no Bahrein.

A libertação de um grande número de reféns provocaria “uma pausa significativa… e um aumento em larga escala da ajuda humanitária”, destacou.

McGurk disse que Biden abordou o tema na sexta-feira à noite com o governo do Catar, país do Golfo Pérsico que lidera os esforços de mediação para obter um cessar-fogo e a libertação dos reféns.

Durante a semana, Biden declarou que estava “levemente esperançoso” a respeito de um acordo para a libertação dos reféns, grupo que segundo Washington incluiria 10 cidadãos americanos.

Israel se recusa a atender os apelos de cessar-fogo antes da libertação de todos os reféns.

 

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