A Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) pode analisar na quarta-feira, dia 16, o projeto que determina a notificação compulsória de casos de câncer no Brasil. Já aprovada na Câmara desde março, a proposta pretende corrigir distorções na base de dados nacional sobre a doença, de forma a facilitar o direcionamento de investimentos e políticas públicas.

Se for aprovado na próxima semana, o texto, de autoria da deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), segue para o Plenário da Casa. A aprovação do projeto ganhou apoio de entidades e empresas ligadas à oncologia. O grupo de trabalho sem fins lucrativos Go All, que se posicionou favoravelmente ao texto, afirma que a atual base de dados sobre o câncer no Brasil “é irreal, falha e inconsistente, o que resulta em erros no direcionamento de investimentos” por parte do governo.

O grupo é integrado por empresas como Bristol-Myers Squibb e Pfizer, além de entidades como Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), Associação Brasileira de Portadores de Câncer (AMUCC), Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), Instituto Espaço de Vida, Instituto Lado a Lado pela Vida, Instituto Oncoguia e International Myeloma Foundation Latin America.

Ainda segundo a entidade, com base em informações atribuídas ao Ministério da Saúde, é provável que existam entre 800 mil e 900 mil brasileiros passando por tratamento para algum tumor maligno, entre pacientes recém-diagnosticados e reincidentes. Mas a informação oficial disponível mais recente, de 2015, é de apenas 68 mil casos registrados em hospitais pelo Brasil naquele ano, prossegue o grupo. (Equipe AE)


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias