16/07/2021 - 9:30
Querido presidente.
Antes de qualquer coisa, gostaria de agradecer pelo senhor ter mandado um enviado tão especial buscar nossa singela carta.
Só o senhor mesmo para uma surpresa dessas!
Escrevemos para assegurar nosso apoio incondicional nesses momentos tão difíceis.
Somos testemunhas dos desafios hercúleos que o senhor vem atravessando desde que assumiu o governo naquele dia 1º de janeiro que, para nós, já se transformou em dia Santo. Dia de São Jair, eu brinco aqui com o pessoal.
Naquele dia, presidente, eu sabia que o Brasil começava a mudar.
(Enquanto escrevo o pessoal está gritando: “Nossa bandeira nunca será vermelha! Mito! Mito!”)
Sabemos que o senhor precisa do nosso apoio nesse momento, por isso escrevo em meu nome e de todo o pessoal.
O ataque constante dessa CPI, que chamamos de “Canalhas Pelo Impeachment”; o STF, que a gente apelidou de “Satanás de Toga e Foice” e a imprensa Comunista, estão tornando seus dias difíceis de superar, nós sabemos.
Por isso a gente entende que o senhor, às vezes, precisa gritar e até falar um ou outro palavrão, porque ninguém é de ferro.
Sofremos por não ver mais o senhor bater uma bolinha, fazer um churrasco ou mesmo contar aquelas piadas de bicha que o senhor tanto gosta. E tudo isso porque essa gente não poupa o senhor de fake news.
Tem que ser muito mau caráter, por exemplo, para acusar o senhor e seus filhos de um esquema de rachadinha.
Pois nós também devolveríamos todo o salário se nos fosse dada a honra de trabalhar para o senhor.
Nossa!
Fico até arrepiado só de pensar em ver o senhor todos os dias na hora de bater o cartão. E depois iríamos para casa felizes, certos de não atrapalhar seus afazeres.
O que mais poderíamos pedir a Deus?
Mas essa gente não entende e agora querem macular esse sentimento nobre de seus funcionários.
Fique tranquilo que isso não cola por aqui!
Também não vamos permitir que manchem a sua honra, acusando o senhor de não ter comprado vacinas.
O senhor teve a visão de que se comprasse as vacinas antes de todos os países, estariam usando a nossa população como cobaia do mundo e, em sua magnitude, manteve-se firme.
Obrigado, presidente.
Não satisfeitos, os traidores da Pátria querem culpá-lo pelas mortes dessa gripe.
A gente sabe que se o senhor pudesse matar 500 mil, não seriam esses pobres brasileiros que o senhor escolheria, e sim os que merecem.
Também acusam o senhor de colocar militares demais no governo.
Tem de ser muito mau-caráter, por exemplo, para acusar o senhor e seus filhos de esquema de rachadinha
Ué? Não é para isso que servem os militares?
Para trabalhar pelo País?
É que essa gente não tem idade para saber como era o Brasil quando os militares estavam no governo, isso sim.
Queriam o que? Que o senhor fizesse como o, não vou nem dizer o nome dele, e enchesse o governo de comunistas, ladrões, sociólogos e maricas?
E agora, como viram que não conseguem pegar o senhor, inventaram essa história de corrupção na compra de Covaxin.
Dizem que o senhor fez vista grossa.
Como se o senhor tivesse tempo para se preocupar com todas as queixas e mimimis desses deputados.
Presidente, fique calmo.
Por aqui, oramos todos os dias e jejuamos aos sábados para que um dia acabe esse seu calvário.
E já entendemos o seu recado.
Sabemos que essa gente quer é trazer aquele lá de volta.
Então estamos ao seu lado e se insistirem nessa fraude do voto eletrônico, pode ficar sossegado que não passarão!
Já compramos as seis armas que o senhor mandou.
À prestação, mas compramos.
E mandamos entregar em casa, porque aqui não deixam.
Conte conosco, tamo junto e misturado.
Para finalizar, um forte abraço (sem máscara, kkk) e espero que o General Figueiredo entregue essa carta ao senhor o quanto antes.
Semana que vem, quando o General Geisel vier nos visitar, prometo que mando outra para levantar seu espírito.
Agora temos que ir, porque o enfermeiro comunista chegou.