Protestos pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro voltaram a ocorrer nas ruas do Rio, de São Paulo e de Brasília na manhã deste domingo, 31. Em carreatas, os manifestantes criticaram a atuação do governo no combate à pandemia do novo coronavírus e as falhas envolvendo a disponibilização de vacinas para a população.

Em São Paulo, os carros tinham bandeiras de sindicatos de professores, da Central  dos Trabalhadores (CUT), de partidos de esquerda e faixas com críticas ao presidente. A manifestação percorreu bairros da zona oeste e do centro da cidade até a Avenida Paulista, acompanhada por carros da Polícia Militar.

Na Avenida Angélica, em Higienópolis, alguns moradores acompanharam a manifestação de seus prédios batendo panelas e gritando acusações contra o presidente.

No Rio, berço político de Bolsonaro, a manifestação foi convocada por grupos como o Acredito e a Frente Povo Sem Medo. O ato se concentrou na Glória, bairro da zona sul que faz divisa com o centro, e seguiu até Copacabana, também na zona sul, onde bolsonaristas costumam se manifestar.

Com o mote “Fora Bolsonaro”, os manifestantes também defenderam maior agilidade na vacinação e a manutenção do auxílio emergencial. Em alguns pontos da carreata, moradores endossaram o protesto com gritos das janelas.

Não houve grandes registros de conflitos durante a manifestação. No entanto, um bolsonarista de Copacabana, que estava sem máscara, reagiu à passagem dos carros e bicicletas com o dedo do meio em riste. Insatisfeito, um manifestante saiu do carro para cobrá-lo. Não houve, contudo, confronto físico entre os dois.

Depois de passar pelo bairro, o comboio faz o caminho de volta e terminou o ato no Aterro do Flamengo.

Parlamentares como as deputadas Erika Kokay (PT) e Sâmia Bomfim (PSOL) postaram em suas redes imagens de uma carreata que também ocorreu em  Brasília. Na capital federal, houve carreata e um protesto em frente ao Congresso Nacional.