A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Caroline de Toni (PL-SC), disse nesta terça-feira, 26, que não houve acordo no colegiado sobre o procedimento da análise da prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ). De acordo com a parlamentar, alguns deputados querem pedir vista com o objetivo de adiar a votação do relatório.

“Eu tentei um acordo com os deputados para tentar começar a discussão, reduzir os prazos, são 15 minutos para cada deputado (falar durante a discussão). Mas uns querem pedir vista, não querem começar hoje”, disse Caroline, após iniciar a reunião da CCJ.

Caso haja pedido de vista, haverá um adiamento e a análise da CCJ não poderá ocorrer antes das próximas duas sessões do plenário da Câmara. No entanto, segundo Caroline, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), pode decidir levar o caso diretamente ao plenário, pulando a etapa da comissão.

“Eles querem analisar para ver se todos os requisitos foram cumpridos, são muitas laudas . Alguns querem tempo para estudar com calma”, afirmou Caroline, ao explicar os motivos dos deputados que querem adiar a análise da prisão.

Chiquinho Brazão foi detido preventivamente pela Polícia Federal sob suspeita de ser o mandante do assassinato da ex-vereadora do Rio Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018. A Câmara tem a prerrogativa de decidir se mantém ou não a prisão.