Advertida pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva por manifestação política, a jogadora de vôlei Carol Solberg participou nesta segunda-feira (19) do programa “Papo de Segunda”, do GNT. Segundo a atleta, ela se sentiu censurada após receber a advertência.

Questionada pelo apresentador Fábio Porchat, Carol afirmou que não se sentiu aliviada por ter recebido apenas uma advertência após o fato de ter gritado “Fora, Bolsonaro” no fim de uma partida ter ido parar na Justiça desportiva.

“Alívio de jeito nenhum. Por tudo que está acontecendo nesse país, esses absurdos todos. Então eu acho uma loucura, de alguém dizer o que posso e o que eu não posso. É isso, vou recorrer, não concordo com essa decisão. Acho que me sinto no direito quando tô dando uma entrevista, é o momento onde eu tenho voz. Eu acho que tenho que poder falar o que eu quiser, sim”.

“Acho que o atleta tem que poder falar o que ele quiser, essa é a minha opinião. Não tem nem como ficar negociando, posso falar até ali, até aqui. Eu acho que eu não fiz, eu não usei aquela entrevista como palanque. Não é política, são questões de direitos humanos, vai para outro lugar. É uma indignação, eu sou uma cidadã, como outro qualquer. Quero estar numa entrevista e me sentir à vontade, falar o que eu quiser, o que eu acredito”, afirmou.

No final da entrevista, Fábio Porchat fez uma brincadeira e questionou Carol sobre o que ele precisaria falar se tivesse um filho chamado Bolsonaro dentro de casa e quisesse que o garoto saísse para o lado de fora. Em tom de brincadeira, Carol respondeu: “Fora, Bolsonaro”.