Já que não posso mais chamar o meliante de São Bernardo de corrupto e lavador de dinheiro, pois o ministro Fachin cortou minhas asinhas e suspendeu, temporariamente, nosso direito adquirido (o meu de chamá-lo e o dele de ser), resolvi enquadrar o chefe da quadrilha do petrolão (isso eu posso dizer, pois foi o MPF que o qualificou assim) na categoria de ex: ex-líder sindical, ex-presidente, ex-presidiário, ex-corrupto e ex-lavador de dinheiro. Pois bem.

Em seu comício infame desta semana, o ex-corrupto e ex-lavador de dinheiro, Lula da Silva, se referiu ao presidente Jair Bolsonaro como “miliciano”. Particularmente, prefiro meus adjetivos: verdugo do Planalto, amigão do Queiroz, pai do senador das rachadinhas e da mansão de 6 milhões de reais, devoto da cloroquina, maníaco do tratamento precoce e marido da receptora de cheques de milicianos. Falem a verdade: bem mais criativos, né, não?

Já o miliciano, ou melhor, o verdugo, em sua live macacal, ou live semanal, como queiram, tratou de devolver o coice e chamou o sapo barbudo de “carniça”. Também, neste caso, eu prefiro os meus: luladrão, lularápio, nine fingers… se bem que não são meus; estes são de, digamos, domínio público, hehe. Não fui eu que os inventei. Enfim, o ex-presidiário foi tratado pelo “miliciano” da devida e merecida forma. Como eu sempre digo, os dois se entendem.

O espantoso, a despeito da ironia e até de certa graça no vale-tudo dos populistas picaretas, é que se tratam dos dois principais candidatos à Presidência da República, daqui a pouco mais de um ano. Sim, 2022 está logo ali! Não bastasse o histórico de rachadinhas e mansões, de um, e de mensalão e petrolão, de outro, ainda temos de aguentar a verborragia rasteira de ambos nas ofensas mútuas, já que projeto de País, que é bom, nadica de nada.

A miséria intelectual e moral destes dois trastes; as falas mentirosas e grotescas, e as atitudes asquerosas; a obsessão pelo poder a qualquer custo (a qualquer custo mesmo, vide o caso Celso Daniel, e o caso do assassino de aluguel, morto na Bahia, por milicianos ligados ao Queiroz) são exemplos da proximidade dos dois “projetos” que pretendem nos governar, ou melhor, nos atrasar por mais quatro anos – ou oito, vá saber, não é verdade?

Então, ficamos assim: carniça de um lado, miliciano de outro, noves fora nada, estaremos mais lascados em 2022 do que já estamos agora, em 2020. Para quem acha que o corona é o pior dos nossos vírus e a Covid, a pior das nossas doenças, políticos como estes e a política que representam, provam justamente o contrário. No Brasil, nunca há nada de tão ruim que não possa piorar. O ministro Edson Fachin está aí, e não me deixa mentir.