Antigo ponto de encontro do carnaval, o Largo da Batata, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, terá acesso restrito durante os oito dias de programação oficial da folia de rua de São Paulo. Além de bloqueios, os bares da região serão obrigados a fechar as portas até as 22h. As restrições também são válidas para um quadrilátero da Vila Madalena, na zona oeste.

A decisão está em portaria assinada pelo subprefeito de Pinheiros, Acácio Miranda da Silva Filho, publicada no Diário Oficial de sábado. A mudança é alvo de crítica de associação de moradores e comerciantes. Segundo a portaria, durante o carnaval de rua fica proibida a circulação de pessoas nas Zonas de Atenção Especial (ZAEs) no horário entre as 20 e 22 horas.

Para esta edição, a Prefeitura passa a considerar ZAE o Largo da Batata e Batatinha, onde serão feitos bloqueios para restrição de acesso. O mesmo vai acontecer na Vila Madalena – no quadrilátero formado pelas Ruas Wisard, Girassol, Inácio Pereira da Rocha, Morás e Simão Álvares -, já considerada ZAE em carnavais anteriores.

No carnaval de 2019, a Prefeitura chegou a mudar o trajeto de dois blocos que passariam pelo Largo da Batata após tumultos e permanência do público horas após o fim dos desfiles.

Agora, o comércio deve fechar mais cedo. “Os bares localizados na região das Zonas de Atenção Especial (ZAE) terão o fechamento obrigatório, durante as comemorações do carnaval de rua, às 22 horas”, afirma a publicação. Por meio de nota, a Prefeitura informou que a dispersão dos blocos será feita das 19 às 20 horas. “As pessoas que estiverem em bares poderão ficar até as 22 horas, horário determinado para o encerramento das atividades nesses locais.”

O controle de acesso a essas ruas, informou a Prefeitura, “será feito por meio de gradis, com o apoio da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), PM (Polícia Militar) e GCM (Guarda Civil Metropolitana)”.

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O bloqueio no Largo da Batata e Batatinha será feito durante todo o dia – o espaço será utilizado como centro operacional de equipes da Prefeitura e da PM; e o comércio ambulante será proibido. Já para os blocos que passarão pelo quadrilátero da Vila Madalena, só serão permitidos ambulantes cadastrados.

O carnaval de rua começa no dia 15 de fevereiro, com encerramento em 1.º de março. Haverá ao menos 796 desfiles.

Crítica

Para o presidente da Sociedade Amigos de Vila Madalena (Savima), Cassio Calazans, o fechamento deve prejudicar o comércio da área, sem resolver os transtornos enfrentados pelos moradores. Segundo ele, problemas com barulho na região não estariam relacionados aos bares, mas à atividade de ambulantes. “Eles invadem as ruas e atraem público que normalmente não vai para a Vila Madalena. Não adianta fechar os bares, porque o quadrilátero vai ficar lotado do mesmo jeito”, diz. Segundo a Prefeitura, haverá fiscalização de vendedores irregulares feita pela Subprefeitura e pela GCM. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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