A Prefeitura Regional de Pinheiros proibiu o desfile de megablocos no carnaval de rua deste ano, que vai começar e terminar mais cedo na região. Após receber sondagens de grupos populares, como o Black Rock, do músico Carlinhos Brown, Filhos do Compadre Washington, Pipoca da Rainha, da cantora Daniela Mercury, e Paz do Olodum, o prefeito regional Paulo Mathias argumentou que o bairro não tem “estrutura física” para recebê-los.

A administração acredita que entre 80 mil e 100 mil pessoas seguiriam os blocos, que estão entre os mais populares do Nordeste. A maioria pediu para desfilar na Avenida Rebouças, que está vetada para o carnaval.

Antes que tivessem encontrado outro local, os representantes dos blocos de fora de São Paulo foram surpreendidos com a decisão do prefeito João Doria de cobrar R$ 240 mil dos visitantes. Parte deles sinalizou que deve desistir do Estado por causa do custo extra.

O programa final do carnaval de rua de Pinheiros também definiu que a folia vai terminar mais cedo em 2017. Há uma negociação com os blocos para que os carros de som sejam desligados às 19 horas e a dispersão vai acontecer no máximo até as 20 horas.

A Prefeitura Regional também tenta costurar um acordo para que os principais bares da região fechem mais cedo, às 20 horas. O objetivo é evitar aglomerações depois desse horário. A data-limite de saída dos blocos será às 15 horas, duas horas mais cedo do que em 2016. Com isso, a administração local espera que o carnaval no bairro seja “diurno”.

O carnaval em Pinheiros e Vila Madalena vai ter 101 desfiles de 89 blocos, entre os dias 17 de fevereiro e 5 de março. O número era maior, mas 89 desistiram de desfilar.

Os vendedores ambulantes também serão alvo de uma fiscalização mais rígida, de acordo com a administração municipal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.