A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia disse nesta segunda-feira, 1.º, que o teste realizado nas urnas eletrônicas serve para garantir um “sossego eleitoral”. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou a 8ª edição do Teste Público de Segurança dos Sistemas Eleitorais.
“Mais uma vez, seguro, tranquilo, transparente e, acima de tudo, para o sossego eleitoral da eleitora e do eleitor brasileiro. Ele (o eleitor) pode confiar que o voto é ele com ele mesmo, e o que ele resolver colocar na urna será. Nada mais, nada menos, sem interferência de quem quer que seja neste momento”, afirmou Cármen Lúcia.
O teste nas urnas eletrônicas ocorre para preparar os sistemas para as eleições de 2026. Serão executados 38 planos aprovados pela Comissão Reguladora. Segundo o Tribunal, os testes realizados por especialistas servem para aumentar a confiabilidade, a transparência e a segurança da captação e da apuração dos votos. O primeiro turno das eleições de 2026 será realizado em 4 de outubro, e o eventual segundo turno ocorrerá em 25 de outubro.
“Não só as urnas são verificadas, mas todos os sistemas que integram o processo eleitoral, para que o eleitor e a eleitora saibam que o que foi posto por eles na urna será apurado; o que for apurado será totalizado; o que for totalizado será divulgado como resultado, garantindo a absoluta confiabilidade do sistema eleitoral no Brasil, que atualmente é matriz para o mundo, modelo para o mundo”, explicou a ministra.
O Teste da Urna 2025 será realizado nos sistemas que a Justiça Eleitoral utilizará nas eleições gerais, entre eles o Gerenciador de Dados, Aplicativos e Interface com a Urna Eletrônica (Gedai-UE), o Software de Carga, o Software de Votação, o Sistema de Apuração e o kit JE-Connect.
A testagem ocorrerá em ambiente reservado no 3º andar do edifício-sede do Tribunal, com estrutura de apoio como computadores, urnas, impressoras, ferramentas e insumos necessários. A entrada será controlada e monitorada por câmeras.
O primeiro Teste Público de Segurança dos Sistemas Eleitorais foi realizado em 2009. Desde então, houve outros seis um em 2012, 2016, 2017, 2019, 2021 e 2023. Ao todo, 157 investigadoras e investigadores já participaram dos testes, e 112 planos foram executados em 247 horas.
Em 2016, o Teste da Urna passou a ser obrigatório e disciplinado por uma resolução implantada pelo Tribunal. Após a conclusão dos trabalhos, serão entregues os certificados de participação, e em 18 de dezembro será publicado o relatório parcial da Comissão Avaliadora.