TÓQUIO, 31 DEZ (ANSA) – O executivo brasileiro Carlos Ghosn, ex-presidente da Renault-Nissan-Mitsubishi, deixou a prisão domiciliar no Japão nesta segunda-feira (30) e viajou para o Líbano. A maneira pela qual ele saiu do país, onde deveria ser julgado em 2020 por má conduta financeira, não está clara. Ainda não se sabe se o brasileiro fugiu ou se a justiça permitiu seu deslocamento. Segundo relatado à imprensa internacional, Ghosn teria desembarcado no Líbano de um jato particular, que havia partido da Turquia. Em comunicado, o brasileiro disse que não fugiu da justiça, mas está tentando evitar “injustiça e perseguição política”. “Estou agora no Líbano e não serei mais um refém de um sistema judicial japonês fraudulento no qual se presume culpa, onde direitos humanos básicos são negados. Não fugi da justiça.
Escapei da injustiça e da perseguição política. Agora posso finalmente me comunicar livremente com a mídia e estou ansioso para começar na próxima semana”, afirmou. Ghosn foi detido pela primeira vez em novembro de 2018, acusado no Japão de fraude fiscal. O escândalo levou à sua demissão da presidência da Renault, da Nissan e da Mitsubishi, montadoras que formam uma aliança automotiva. Após passar alguns meses na cadeia, o brasileiro conseguiu regime domiciliar. Ele, no entanto, sempre alegou ser vítima de um “complô”. (ANSA)