O ex-ministro da Previdência e da Aviação Civil Carlos Gabas se manifestou sobre notícia divulgada nesta segunda-feira, 4, de que a força-tarefa da Operação Lava Jato defende que investigação contra ele fique a cargo do Ministério Público de São Paulo.

A investigação apura supostos crimes de lavagem de dinheiro envolvendo imóveis ligados à OAS Empreendimentos, que assumiu obras da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop). Estão nela, além de Gabas, a ex-chefe regional da Presidência da República em São Paulo Rosemary Noronha, o presidente da CUT, Vagner Freitas, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e outros nove citados.

Carlos Gabas reagiu com indignação à citação a seu nome, outra vez, no caso Bancoop. “Não tenho nada a ver com OAS, todas as parcelas da compra do apartamento do condomínio Anália Franco (em SP) são debitadas na minha conta.”

Gabas disse que está pagando essa conta pela terceira vez, depois que a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo repassou o empreendimento para a empreiteira. Ele destacou que já entregou ao promotor de Justiça Cássio Conserino, do Ministério Público paulista, uma pasta com todos os comprovantes de pagamentos pelo imóvel.

“Na ocasião, fui ao Banco do Brasil, imprimi mês a mês os comprovantes, fiz um dossiê e entreguei ao promotor. Nunca mais se falou nada sobre isso. Eu não tenho nada a ver com essa história da Bancoop.”

Gabas não se conforma com o envolvimento de seu nome. “Eu não tenho nenhuma confusão na minha vida, nenhuma, nenhuma. Tudo foi pago com débito em conta. Agora vai voltar tudo para o mesmo promotor a quem já entreguei toda a documentação? Eu moro no interior, meus pais são idosos, essas notícias lá viram manchete, um tormento na vida da gente. Reitero que entreguei todas as prestações, cópia de todas elas ao promotor, que nunca me respondeu.”

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Ele calcula já ter pago cerca de R$ 500 mil pelo imóvel do Anália Franco. “Eu queria ter uma comparação do que eu paguei e o que os outros moradores pagaram. É uma confusão. Tem gente que parou de pagar. Pago R$ 3,8 mil todo mês, debitado na minha conta corrente, a única conta que eu tenho.” O ex-ministro á taxativo. “Não tenho preocupação nenhuma. Não fiz nada de ilícito, não tenho relação nenhuma com a OAS”, finaliza.


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