O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) usou as redes sociais nesta terça-feira, 9, para criticar e expor o grupo político denominado de “centrão”. A declaração ocorre em meio à busca de apoio para viabilizar a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para a Presidência da República após aval do chefe do clã, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Por meio de uma publicação no X, o vereador questionou o que o grupo político realmente quer. “O Centrão opera para preservar os interesses do mercado financeiro, garantindo lucros astronômicos aos bancos e sustentando um modelo de juros estratosféricos que estrangula famílias, empresas e governos”, emendou o parlamentar.
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Carlos ainda afirmou que todo o discurso de “responsabilidade”, “equilíbrio” e “moderação política” apenas serve como “cortina para manter a engrenagem funcionando: um bloco político que negocia poder, controla verbas, drena recursos e segue obedecendo ao comando dos verdadeiros chefes os que lucram com a paralisia do país”.
Recentemente, o presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, um dos principais líderes do centrão, fez uma declaração conjunta com Ciro Nogueira, presidente do Partido Progressistas, pedindo moderação política e equilíbrio. Isso ocorreu logo após o anúncio da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro.
“Os últimos acontecimentos apenas reforçam o que sempre defendemos: em 2026, não será a polarização que construirá o futuro, mas a capacidade de unir forças em torno de um projeto sério, responsável e voltado para os reais interesses do povo brasileiro”, disse um trecho da declaração.
Na segunda-feira, 8, Rueda, Nogueira e Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, participaram de um jantar com Flávio, a pedido da próprio senador. De acordo com o filho de Bolsonaro, o encontro se deu para o início das articulações políticas.
Em 5 de dezembro, o senador anunciou sua pré-candidatura à Presidência da República nas eleições de 2026. De acordo com o parlamentar, seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, o escolheu para disputar o cargo.
“É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação”, disse Flávio em postagem no X, na ocasião.
No dia 2 de dezembro, Flávio visitou o pai na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde está preso por descumprimento de medida cautelar.
Aliados do senador disseram à imprensa que Jair Bolsonaro expressou o desejo em conversas com o filho, que também teria sido escolhido para representá-lo politicamente.
O senador criticou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dizendo que o país vive “dias difíceis”. “Eu não posso, e não vou, me conformar ao ver o nosso país caminhar por um tempo de instabilidade, insegurança e desânimo”, escreveu na postagem.
“Muitos se sentem abandonados, aposentados são roubados pelo próprio governo, narcoterroristas dominam cidades e exploram trabalhadores, estatais voltaram a ser saqueadas, novos impostos não param de ser criados ou aumentados, nossas crianças não têm expectativas de futuro. Ninguém aguenta mais”, prosseguiu o senador.