Joel Carli foi um dos principais personagens do triunfo do Botafogo sobre o Flamengo, quarta-feira, que garantiu a equipe na decisão do Campeonato Carioca. De volta à titularidade após nove jogos, o zagueiro teve atuação segura e foi exaltado até pelos colegas, como Jefferson, que o elogiou pela postura que teve quando ficou fora da equipe.

“Umas 15 pessoas me mandaram o que o Jefferson disse. Fiquei emocionado porque é um ídolo do futebol brasileiro, não só do Botafogo, que falou de mim. Mostra que estou no caminho certo. Minha postura no grupo não muda. Dentro ou fora, sempre vou torcer para meus companheiros e para o Botafogo”, declarou.

Carli, aliás, minimizou o período em que perdeu a titularidade. “Nenhum jogador gosta de ficar fora, mas sempre trabalhei meu melhor, dando o melhor para o time, torcendo para os companheiros e procurei ficar pronto quando o treinador precisasse.”

O zagueiro ainda fez questão de descartar qualquer insatisfação com Alberto Valentim e elogiou o técnico. “O Valentim é um técnico que está sempre perto da gente e é muito profissional. Eu tinha que trabalhar para conquistar minha vaga no time titular. Veio a oportunidade na semifinal.”

Desde que chegou ao time, Carli se estabeleceu como um dos líderes do elenco e pilar do setor defensivo botafoguense. Até por isso, a decisão de Valentim de barrá-lo na Taça Rio causou surpresa. Mas o próprio zagueiro admitiu a possibilidade de não render tanto nos treinos quanto nas partidas.

“Já na Argentina, falavam muito que não sou o mesmo jogador nos campeonatos e nos treinos. É minha forma de ser, de pensar e é difícil mudar isso. Não posso ir do mesmo jeito em uma dividida com um companheiro e em um jogo. Minha motivação é jogar, acho treino é um pouco chato”, admitiu.