Carla Zambelli seguirá presa na Itália após juiz pedir mais tempo para analisar laudo

Deputada Carla Zambelli, foragida na Itália após ser incluída na lista de procurados da Interpol
Deputada Carla Zambelli Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) seguirá presa, na Itália, enquanto aguarda um parecer final da Justiça italiana sobre o pedido da defesa para que ela aguarde em liberdade durante o processo de extradição para o Brasil.

Nesta quarta-feira, 27, a parlamentar passou por uma audiência no Tribunal de Apelações de Roma. A defesa de Zambelli alega questões de saúde e apresentou um laudo médico. No entanto, conforme reportou o Uol, o perito do tribunal afirmou ao juiz que não existe incompatibilidade da condição de saúde de Zambelli na prisão. O juiz responsável pelo caso pediu mais tempo para analisar a situação.

De acordo com o advogado Fabio Pagnozzi, que representa Zambelli, a Justiça italiana deverá se manifestar em até 48 horas. Pagnozzi destacou ainda que durante a audiência a defesa ressaltou que a parlamentar não oferece risco de fuga.

“Seguimos confiantes de que a Justiça italiana, com sua tradição de respeito ao Estado de Direito, saberá reconhecer a gravidade dessa perseguição e restabelecer a liberdade da deputada”, afirmou a defesa da deputada.

+ Conheça o psiquiatra contratado por Zambelli para tentar reverter regime de prisão

No dia 13 de agosto, a deputada licenciada passou mal ao chegar à audiência. O processo de extradição de Zambelli pode durar de um ano e meio a dois anos.

Extradição para o Brasil

Zambelli foi condenada duas vezes pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A primeira condenação foi em maio, por ter coordenado invasão hacker aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para emitir um mandado de prisão falso contra o ministro da Corte Alexandre de Moraes.

Após a condenação, a parlamentar fugiu do País, passando a ser foragida da Justiça brasileira. Ela foi presa na Itália em 29 de julho. A deputada federal está detida na penitenciária de Rebibbia, em Roma.

A parlamentar também foi condenada pelo Supremo neste mês, por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal de arma de fogo, pelo episódio ocorrido na véspera do segundo turno das eleições de 2022, quando Zambelli perseguiu um homem no bairro Jardins, em São Paulo, empunhando uma arma.

* Com informações do Estadão Conteúdo