A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) chegou à Itália nesta quinta-feira, 5, segundo teria informado a parlamentar à CNN. A entrada no país teria ocorrido antes da inclusão do nome dela na lista de Difusão Vermelha da Interpol.
Zambelli está sendo considerada foragida após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes aceitar o pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) e decretar a prisão preventiva da parlamentar, na quarta-feira, 4.
Na terça-feira, 3, a deputada comunicou que tinha saído do Brasil, a princípio, para realizar um tratamento médico. Depois, afirmou que a decisão não foi um “abandono do País”.
A parlamentar ainda afirmou que estaria sofrendo uma “pressão jurídica” no Brasil e, por isso, estava “cansada de ficar calada”. “Não é desistir da minha luta. É resistir, é poder continuar falando o que eu quero falar, é voltar a ser a Carla que eu era”, acrescentou.
Carla Zambelli deixou o País pela fronteira com a Argentina e, depois, foi para a Flórida (EUA). A fuga ocorreu após ela ser condenada, em março, a 10 anos de prisão por coordenar invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e pela inserção de documentos falsos, como um mandado de prisão contra Alexandre de Moraes ‘assinado’ por ele mesmo.
Depois que teve conhecimento sobre a prisão preventiva, a parlamentar questionou o fato de Moraes ter decidido de forma “monocrática” — individual, sem levar o caso ao plenário da Corte.
“Denunciarei esse abuso, essa perseguição e essa escalada autoritária em todos os fóruns internacionais possíveis. O mundo precisa saber que, no Brasil, ministros do Supremo agem como imperadores, atropelando leis, calando vozes, destruindo famílias. Essa perseguição política está apenas começando a ser exposta”, finalizou Zambelli.