Fora do Big Brother Brasil 21 há pouco mais de um mês, Carla Diaz foi entrevistada pela revista Quem e considerou sua participação no reality um divisor de águas na sua vida

“Quando entrei no BBB, demonstrava que ali não tinha personagem. Não queria fazer cena”, afirma a atriz.

Embates com Lumena e Karol Conká

Ao relembrar as situações tensas com Lumena e Karol Conká, a atriz foi taxativa: “Nunca me senti tão desrespeitada, tão humilhada”.

“Avalio que entrei no BBB para me fortalecer em vários sentidos, principalmente na questão de coragem, de enfrentar surpresas que viriam. Logo no começo, tive um embate com a Karol Conká e a Lumena. Nunca me senti tão desrespeitada, tão humilhada. Nunca tinha vivido uma situação como aquela na vida. Cresci no meio artístico e sei que, de vez em quando, surge alguma mentirinha. Porém, uma pessoa fazer isso para te desestabilizar, propositalmente, foi algo que nunca havia vivido. Fui acordada de maneira muito louca, como nunca havia sido. Faltou respeito, houve agressividade nas palavras, além de menosprezar meu trabalho, minha família… Ali, eu ganhei uma força interior muito grande. Acordei para uma realidade que não é a minha. Talvez, as pessoas estivessem acostumadas a discutir e tratar os outros daquela forma, mas nunca vivi algo parecido. Cresci como mulher, como ser humano. Escuto de muita gente: “Carla, não sei como você conseguiu ficar tão calma e plena em momentos tão difíceis”. Acho que foi realmente um grande aprendizado para mim. Ganhei um autoconhecimento e tive reações que nem eu mesma esperava de mim”.

BBB pior que câncer?

“Chorei muito mais no BBB do que no período que eu estava com câncer”. Essa foi a fala de Carol ao comparar o período em que esteve na casa mais vigiada do País com seu diagnóstico de câncer na tireoide .

“Quando fiz O Clone, ainda criança, morria de vontade de entrar na casa do BBB. Dizia: ‘Mãe, pede pro tio Boninho me botar lá dentro? Quero conhecer’. Nunca imaginava que poderia participar porque o formato foi, por muitos anos, apenas com anônimos”, contou.

Aos 30 anos, Carla disse que sofreu um baque com o diagnóstico de câncer em 2020, mas que a doença a fez encarar sua vida de uma outra forma.

“Me fez encarar cada momento como se fosse o último, além da coragem de viver intensamente. Isso me impulsionou a dizer sim ao BBB. Passei a ter mais gana em viver. Às vezes, a gente fica ligado no automático, na rotina de trabalho e esquece de estar presente nos momentos. O câncer me trouxe a percepção de fragilidade, sem saber se estaria viva ou não no dia seguinte. Ao estar em uma situação de maior vulnerabilidade, você não adia situações. A incerteza sobre a vida me deu mais coragem para ser a mulher que sou hoje. O câncer me deu coragem para viver o que eu quiser e da forma que eu quiser”.

E completa: “Tive medo de faltar para a minha família. Era o medo de não estar com a minha família no mês seguinte, no dia seguinte. Quando soube da doença, não soube da forma mais delicada. O exame em que descobri o nódulo não foi feito com meu médico e não recebi a notícia de forma delicada. Acho que a pessoa não estava em um bom dia e me informou que eu estava com um nódulo de uma maneira que não foi muito bacana”.

Planos

Questionada sobre o lançamento dos filmes “A menina que matou os pais”, que retrata Suzane Von Richthofen, e “O menino que matou meus pais”, Carla revela que os longas serão finalmente lançados.

“Depois do adiamento motivado pela pandemia, eles estão previstos para o segundo semestre. É bem provável que o lançamento aconteça no streaming por conta do nosso atual cenário. Também tenho projetos de uma série, o texto de uma peça de teatro, além de roteiros de dois filmes”, detalha.