Fábio Carille não se orgulhou da vitória do Santos sobre a Chapecoense que recolocou a equipe no G-4 da Série B. Sequer celebrou o gol de Willian Bigode aos 47 minutos do segundo tempo na Vila Belmiro e explicou o motivo para ficar parado no banco de reservas. Mas espera que o resultado de calma ao time para “buscar coisas maiores” na competição.

“Fiquei quietinho no meu canto. Comemorar? Futebol tem algumas coisas que não dá para entender. O gol sai de algo que a gente não treinou, uma bola do Souza que não trabalhou de primeiro pau. Trabalhamos mais a bola de centro, onde percebemos que poderia levar vantagem. Mas saiu o gol”, afirmou o técnico.

Nada de menosprezar o resultado, contudo. “Gol da recompensa de um grupo que correu, lutou, errou, persistiu, chegou na área do adversário… Faltou um pouquinho mais de calma para tomar as melhores decisões, terminar melhor os cruzamentos, mas tentou. O objetivo aqui era ganhar o jogo, voltar aos quatro melhores. Nesse momento é o primeiro objetivo, para depois pensarmos em coisas maiores.”

O treinador ainda teve de explicar as novidades na equipe, sobretudo os meninos Matheus Xavier, atacante de 17 anos, e o meia Souza. Foram 10 meninos da base relacionado para a partida e o técnico promete usá-los com mais frequência.

“Matheus fez 17 anos recentemente e desde a taça (Copa São Paulo de Juniores) me chamou atenção. Não é titular no sub-20, mas sempre entra e vai bem. Gosto desde o início que vi e sempre comentei. Ele fez um bom treino na sexta-feira e nos deu total confiança para colocar no jogo”, observou. “Yan e Souza já vinham treinando comigo. Souza teve lesão. Acompanho sempre, sei de todos esses meninos e aos poucos vamos abrir espaço para eles.”

Sobre não usar Joaquim, elogiou o escolhido Jair. Também falou sobre não usar Hayner e Pedrinho desde o início. “Vejo que não tenho uma estrela e sim um grupo equilibrado, onde passo orientação para todos, independentemente se vai para o jogo ou ficar no banco”, explicou.

“(Jair) Vem treinando bem, e se falou muito dele quando foi do sub-20, escutei bastante e fiquei quieto. Veja seu histórico: foram duas lesões de cruzado. Importante que tivesse minutos para jogar, o começo no sub-20 não foi legal, normal, estava sem ritmo, vinha de lesão de cruzado, passou por fortalecimento, usei pouco no Paulista, e voltou agora, pois nos últimos estava indo bem no sub-20. Os meninos começam a sentir o peso do que é e têm todo nosso apoio.”