NOVA YORK, 12 SET (ANSA) – Após ser acusado de ter acobertado crimes de pedofilia na Pensilvânia, o arcebispo de Washington, cardeal Donald Wuerl, informou aos sacerdotes da diocese da capital dos Estados Unidos sua intenção de viajar para Roma para discutir sua renúncia com o papa Francisco. Desde as últimas semanas, o cardeal está envolvido em um escândalo de abuso sexual na Igreja Católica. Wuerl foi citado no relatório do Ministério Público da Pensilvânia que afirma que a instituição encobriu centenas de casos de pedofilia no estado.   

O caso envolve cerca de 300 padres suspeitos de crimes sexuais e mais de mil vítimas. Além disso, o nome do arcebispo aparece na carta revelada pelo ex-núncio apostólico em Washington Carlo Maria Viganò, na qual acusa o papa Francisco de ter ignorado as denúncias contra o ex-cardeal Theodore McCarrick, antecessor de Wuerl na arquidiocese da capital dos EUA. Viganò diz que ele também se calou sobre o caso. Nos últimos dias, Wuerl já havia viajado ao Vaticano para discutir com o papa sua situação. Na ocasião, Jorge Mario Bergoglio lhe disse para retornar aos EUA para avaliar o assunto com os padres da diocese.   

O Cardeal, que completa 78 anos em novembro, já apresentou a sua resignação ao Papa há três anos, quando fez 75. Contudo, o Papa não aceitou de imediato a sua saída. (ANSA)


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias