VATICANO, 2 MAI (ANSA) – A oitava reunião da Congregação Geral dos Cardeais realizada na manhã desta sexta-feira (2), no Vaticano, foi marcada pela discussão de temas polêmicos na Igreja Católica Romana, como os casos de abusos sexuais e escândalos financeiros.
A informação foi divulgada em entrevista coletiva pelo diretor da Sala da Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, garantindo que “as confabulações pré-conclave continuam”.
Segundo o porta-voz do Vaticano, mais de 180 cardeais, incluindo mais de 120 eleitores, participaram do encontro antes do conclave que definirá o sucessor do papa Francisco, cujo início está marcado para o próximo dia 7 de maio.
No total, 25 cardeais discursaram no encontro. “O risco de contratestemunho e, portanto, a questão dos abusos sexuais e escândalos financeiros estavam entre as questões centrais das intervenções”, disse.
Bruni explicou ainda que no próximo conclave haverá cardeais que não falam italiano, mas não serão disponibilizados intérpretes profissionais na Capela Sistina, apesar de haver tradução simultânea em seis ou sete idiomas durante as congregações gerais. “Acredito que os cardeais podem se ajudar”, afirmou ele.
Hoje cedo, a Capela Sistina instalou a chaminé de onde sairá a fumaça preta, em caso de não eleição, e a branca, caso os cardeais escolham o novo pontífice. De acordo com Bruni, os fogões onde serão queimados os votos dos eleitores também já chegaram na capela e outros preparativos estão em andamento.
Por fim, ele rebateu as especulações sobre o estado de saúde do cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano durante o pontificado de Francisco e um dos cotados para assumir o cargo, após jornais tradicionalistas americanos e até mesmo sites italianos afirmarem que ele teve problemas de saúde. “Não, não é verdade”.
O conclave que elegerá o próximo líder da Igreja Católica começará no dia 7 de maio, na Capela Sistina, onde 133 cardeais vão depositar seus votos. A expectativa é de que um forte esquema de segurança seja adotado nos arredores, semelhante ao do funeral de Jorge Bergoglio. (ANSA).