Caravana migrante parte do sul do México para a capital após prisão de ativista

Cerca de 300 migrantes partiram a pé esta manhã do sul do México para a capital do país, um dia depois da prisão de um ativista conhecido por ter organizado caravanas de estrangeiros nessa região.

Um grupo saiu da cidade de Tapachula, no estado de Chiapas, fronteiriço com a Guatemala, onde na terça-feira Luis García Villagrán foi preso. As autoridades federais o acusam de tráfico de pessoas.

“Não é um ativista, tinha ordem de prisão e está vinculado ao tráfico de pessoas, esse é o crime”, afirmou a presidente Claudia Sheinbaum durante sua coletiva de imprensa matinal nesta quarta-feira (6).

A governante explicou que a ordem para prender García Villagrán “tinha anos”.

Os migrantes se mobilizaram para exigir celeridade nos trâmites de regularização de diversos estrangeiros presos no sul do México.

Essa caravana, a segunda que parte de Tapachula neste ano, havia sido anunciada antes da detenção de García Villagrán e se manteve em suspenso durante algumas horas devido à prisão.

O grupo é composto por venezuelanos, equatorianos, cubanos e nicaraguenses, entre outros, que viajam com menores e avançam por uma estrada protegidos por policiais estaduais e uma ambulância da Proteção Civil, constatou a AFP.

Os migrantes denunciam atrasos em suas tentativas de regularizar sua situação no México, país onde permanecem paralisados ante o endurecimento da política migratória dos Estados Unidos, após o retorno de Donald Trump à Casa Branca em janeiro.

O México tem sido por décadas ponto de passagem de milhares de migrantes que buscam cruzar a fronteira para os Estados Unidos, em um caminho em que são alvo de violações tanto de criminosos como de autoridades.

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