Capitalista nato: Zema usa vídeo de Renato Russo após notificação de filho do cantor

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Giuliano Manfredini / Romeu Zema. Foto: Reprodução.

O governador Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, publicou em seu perfil no X (antigo Twitter) um corte de um vídeo no qual o cantor Renato Russo diz ser um “capitalista nato”. O post foi visto como uma resposta ao filho do artista, Giuliano Manfredini, que notificou extrajudicialmente o partido Novo após o uso da música “Que País É Este” em um evento político sem autorização.

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Confira a publicação:

Na publicação, Zema colocou um vídeo em que Renato Russo é perguntado de que forma vê a família, a tradição e a propriedade. O cantor da banda Legião Urbana responde ironicamente que não gosta de se envolver em polêmicas.

“Tradição eu acho que é uma coisa que seria bom se nosso País tivesse. Família, eu gosto muito da minha família. Propriedade é uma coisa que eu estou querendo aumentar ao máximo, eu quero muitas propriedades, sou um capitalista nato”, disse o cantor no corte.

Na legenda do post, Zema escreveu que “concorda 100%” com Renato Russo, afirmando que a família é a “base de tudo”, um país deve “preservar suas tradições” e o capitalismo “é o melhor sistema de governo para gerar riqueza”.

Notificação extrajudicial

Uma notificação extrajudicial foi enviada por Giuliano Manfredini, filho de Renato Russo e responsável pelo espólio da banda Legião Urbana, ao partido Novo após o uso da música “Que País É Este” no evento de lançamento da pré-candidatura de Romeu Zema à Presidência da República.

Manfredini acusa o uso não autorizado da música em uma postagem no Instagram oficial do governador, destacando que não houve solicitação prévia para a utilização da obra em ambiente político-partidário.

Endereçada à sede do partido Novo em Minas Gerais, a notificação exige que Zema e o partido se abstenham de utilizar a música Que País é Este em quaisquer futuras publicações ou eventos, tanto no Instagram quanto em outras plataformas.

A canção” Que País é Este”, lançada em 1987, se tornou um dos hinos de crítica social e política do Brasil, marcada por versos que questionam corrupção, desigualdade e a falta de perspectivas.

*Com informações do Estadão