Após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela confirmar a eleição de Nicolás Maduro nas eleições de domingo, 28, diversos panelaços foram registrados em Caracas, capital da Venezuela.

Segundo o órgão eleitoral, que é vinculado ao governo, o socialista teve 51,2% dos votos, enquanto o líder da oposição, Edmundo Gonzáles, 44%.

 

O anúncio da reeleição foi questionado por Estados Unidos, Chile, Peru, Costa Rica, Guatemala, Argentina, Espanha, Uruguai e União Europeia, que pediu “total transparência” na contagem dos votos. China, Rússia, Cuba, Nicarágua, Honduras e Bolívia felicitaram Maduro.

Já o governo Lula — aliado histórico de Maduro — e a Colômbia, do esquerdista Gustavo Petro, solicitaram contagem total e detalhada dos votos antes de reconhecerem o resultado do pleito.

No poder desde 2013, Maduro tem a perspectiva de permanecer na presidência durante 18 anos, até 2031. Apenas o ditador Juan Vicente Gómez terá governado por mais tempo que ele, com 27 anos (1908-1935).

“Vai haver paz, estabilidade e justiça. Paz e respeito à lei”, disse Maduro após o anúncio do resultado, diante de centenas de seguidores no palácio presidencial de Miraflores.

Maduro apresentou a eleição como uma encruzilhada entre “paz ou guerra” e alertou que uma vitória da oposição poderia levar a um “banho de sangue”, o que rendeu críticas dos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Chile, Gabriel Boric, entre outros.

A oposição venezuelana denunciou fraude na votação e se declarou vitoriosa, com 70% dos votos, contra 30% para Maduro.

*Com informações da AFP